domingo, novembro 30, 2008

Entre o Douro e o Ave

Enquanto nas águas do Douro decorria a controversa regata dita de Natal que tive pena de não assistir e ainda mais de não participar, em Vila do Conde era apresentado um Seminário para Treinadores N3 e N4 cujo tema foi a "Optimização Psicológica da Performance".
Foi opinião dos colegas treinadores presentes a má opção da data da regata pois também gostariam de participar mas enfim, pode ser que se aprenda com os erros e futuramente haja algum cuidado nestas organizações.
O seminário contou ainda com a visita relâmpago do sr. presidente Rascão Marques na hora do almoço para agraciar com uma medalha o seminarista, Prof. Dr. Chris Shambrook.
Posteriormente deu início a AG da Antremo.
Uma assembleia bastante animada e por sinal bastante concorrida face às anteriores que praticamente não tiveram quorum. Foram pedidos alguns esclarecimentos que muito perturbaram a actual direcção, na minha opinião sem motivo. Apenas se pretendia clarificar posições e dar ao esforço e dedicação do actual presidente, Carlos Jorge, o reforço da sua luta por uma associação de defesa da classe.
Foi giro.

quinta-feira, novembro 27, 2008

Cobertura mediática

Agora que os critérios editoriais do "Primeiro de Janeiro" /"Norte Desportivo" passaram para a vulgaridade, baseando as suas noticias em telexes e faxes da "Lusa", sem qualquer preocupação com as modalidades de menor expressão mediática, resta-nos procurar as noticias sobre a modalidade nos jornais do país vizinho. Provavelmente não ouviram falar em nichos ou especialização.
Num fim-de-semana repleto de actividades, desde a controversa Regata das Castanhas, desculpem, do Natal (afinal o Natal é quando o Homem quer e a mulher deixa), um seminário de Treinadores e uma Assembleia Geral dos mesmos no dia 29, sábado, e a "2ª Regata Internacional de Sº Martinho", em Valença no Domingo, um jornal galego noticía esta ultima.
Uma boa referência a uma regata que deveria ser acarinhada por todos, que mais não fosse porque pode fazer com que tenhamos menos um clube-fantasma, pelos apoios que são dados pelas entidades oficiais e que tanta falta fazem à modalidade e aos clubes e pela oportunidade de disputar uma regata competitiva num modelo pouco tradicional.
São estes eventos que podem ajudar a descentralização e contribuir para promover a modalidade. O CDUP estará presente.

quarta-feira, novembro 26, 2008

CDUP na Turquia



O CDUP não é só Remo e Rugby. É uma grande instituição que brilha nas outras modalidades e que faz do sacrifício e da vontade uma forma de estar.
A secção de Polo Aquático está de parabéns pela liderança do Nacional e a sua deslocação à Turquia foi motivo de reportagem televisiva.
Os meus parabéns aos colegas de mesa nas reuniões de Direcção Paulo Gomes, Álvaro Monteiro e Isabel Monteiro.
Saliento a informação da transmissão do jogo pela televisão Turca. É quase como em Portugal. Apoio efectivo a todas as modalidades.

terça-feira, novembro 25, 2008

A pouca sorte persegue-nos


Em vésperas de participação em mais uma regata o azar bateu à porta de um dos nossos categorizados atletas. Uma ruptura muscular provocada pelo empenho no treino vai-o obrigar a estar sem remar cerca de 3 semanas.
Numa semana de frequências e entregas de trabalhos o número de atletas disponíveis começa a ficar curto. Especialmente para compor um shell 8+ minimamente competitivo.
Aguardemos pelo espírito de sacrifício e vontade de lutar que caracteriza este clube para honrar os nossos compromissos.
As melhoras, Filipe.

sexta-feira, novembro 21, 2008

Comentários

Na sequência de vários pedidos pela net e não só, fiquei sensível à moderação de comentários.
Assim, activei a moderação deixando espaço para todos na certeza que não publicarei aqueles que anonimamente não contribuírem para o assunto em questão. Os restantes, desde que devidamente identificados, serão publicados, como sempre foram.
Esperemos que resulte , que melhore a qualidade das intervenções e continuem a gostar de vir aqui.

quinta-feira, novembro 20, 2008

ESCANDALO ou talvez não….

Após ler uma notícia que o COP tinha pago as bolsas aos atletas olímpicos que cumpriram os objectivos em Pequim, a curiosidade foi em saber quem era o “feliz” treinador contemplado.
Sem nada contra a pessoa em causa, a surpresa foi ver o nome de Alberto Rodrigues como beneficiário da bolsa como sendo o treinador do 2-PL.
Uma injustiça para quem trabalhou com eles ao longo dos últimos anos e até mesmo para quem os apoiou na fase final da preparação.
É mais uma das “boas” decisões de gestão desta Direcção da FPR.
O Plano de Actividades foi aprovado. Ainda há alguns clubes (felizmente cada vez menos) que querem mais do mesmo, como assumido na última AG. E não estou a falar dos clubes-fantasma.

Parabéns Sara



Ontem foi dia de festa para quem tem poucas festas.

A Sara fez 12 anos. Uma retrospectiva em imagens.

Parabéns

Um pequeno exemplo...

Há atletas e atletas.
Esta rapariga que por vezes me consegue tirar do sério é um exemplo de dedicação e vontade.
Aqui está ela numa fase inicial de mais um treino.

Tem futuro.

segunda-feira, novembro 17, 2008

COMUNICADO ANAR

A pedido da ANAR, transcrevo um seu Comunicado.

COMUNICADO

"No seguimento das declarações do Sr. Presidente da Federação Portuguesa de Remo, proferidas no jantar de gala realizado na pendência do Congresso de Remo, em que foi posto em causa o bom nome desta Associação, a Associação Nacional de Atletas de Remo (ANAR) entende emitir o seguinte comunicado:
• A ANAR é uma associação de classe criada por atletas, tendo como finalidade a defesa dos interesses dos atletas praticantes de remo e, bem assim, do remo nacional;
• Esta Associação de Classe não está ao serviço de qualquer Direcção da Federação Portuguesa de Remo nem de nenhum clube;
• A ANAR defende ideias e propostas que considera positivas para o remo nacional e foi sempre dentro desta perspectiva que, nas Assembleias da Federação Portuguesa de Remo, exprimiu a sua opinião e apresentou propostas;
• A ANAR esteve e estará sempre ao lado de todos atletas, nomeadamente daqueles que junto da ANAR expressaram a sua vontade;
• Ao contrário do que tem sido tornado público, a ANAR tem sido sistematicamente pressionada no desenvolvimento do seu trabalho pela actual Direcção da FPR;
• Desde o primeiro momento em que foi contactada por esta direcção da FPR, ainda antes das eleições, que ficou claro que a ANAR era uma associação incómoda;
• As questões levantadas pela ANAR, na Assembleia da FPR, foram sempre vistas como agressivas;
• A título de exemplo, sobre o decréscimo da qualidade das medalhas entregues nos nacionais, foi respondido que as anteriores eram muito caras e que os atletas não davam valor às mesmas;
• Sobre a falta de casas de banho na pista e de condições condignas para os atletas, foi respondido que eram muito caras;
• Sobre a alteração do calendário nacional e a redução drásticas dos campeonatos nacionais e a transformação dos mesmos em ligas de regatas, foi dito que não era exequível e que só assim é que se poderia apoiar os clubes.
• Sobre o pedido de demissão do actual corpo técnico federativo, foi dito que este representava o modelo de alta competição que esta FPR defendia e que, portanto, não sairia qualquer dos seus elementos.
Face à constante postura da FPR em tentar silenciar esta Associação, pela mesma defender algumas ideias distintas das propostas pela FPR, a ANAR considera não estarem reunidas quaisquer condições de diálogo com esta direcção, mormente tendo em conta a postura autoritária e pouco dialogante que mesma tem vindo a apresentar.
A ANAR toma, assim, a liberdade de, para cabal esclarecimento de todos os agentes ligados à modalidade, apresentar um memorando, no qual explana toda a sua acção e proposta para este novo ciclo 2008-2012."

Novembro de 2008
A Direcção da ANAR,

Memorando

Após o momento tão importante para o remo nacional, urge a toda comunidade de remo, em especial à Associação Nacional de Atletas de Remo (ANAR), uma reflexão coerente sobre o estado do remo em Portugal, em todas as suas vertentes:
Análise do ciclo olímpico 2004-2008;
- Alta competição;
- Calendário nacional;
- Formação e captação de novos remadores;
- Remo de turismo;
- Condições físicas para a pratica do remo;
- Criação de uma rede de conhecimentos.

1) Análise do ciclo olímpico 2004-2008
A realidade do remo português sofreu alterações significativas nos últimos 4 anos.
Com a entrada de uma nova direcção, ficou claro que o remo iria ser alvo de alterações no seu funcionamento.
Era visível que estávamos em regressão no número de atletas e que calendário competitivo já com bastantes anos estava a necessitar de uma reformulação.
Estava claro, já aquando do último congresso de remo, realizado em Setúbal, qual era a visão que o sr. Rascão Marques tinha da organização do remo nacional. Foi nesse mesmo congresso que foram apresentados os modelos organizacionais agora aplicados na FPR.
As eleições deram uma vitória clara a este modelo organizativo.
A ANAR, embora não tivesse votado neste modelo, optou por ter sempre uma atitude pró activa perante esta direcção, na linha já assumida com a anterior direcção da FPR.
Com esta Direcção fomos convidados, uma vez, para uma reunião, na qual nos foi apresentado um novo calendário competitivo.
Apresentamos as nossas dúvidas sobre o mesmo, nomeadamente no perigo da multiplicação de nacionais.
No entanto, assumimos que um ano de avaliação era suficiente para podermos balizar correctamente estas propostas.
Um ano depois concluímos que embora as regatas introduzidas tivessem trazido um aumento competitivo, nomeadamente as regatas dos barcos curtos e longos, a atribuição de um título nacional não faria qualquer sentido. Aliás, defendíamos e defendemos a existência de um único campeonato nacional, disputado na distância olímpica e a criação de taças/ ligas, para um conjunto de eventos combinados. Não estamos a incluir o CN ergómetro que deve manter o figurino actual.
A alteração de datas do principal campeonato existente prejudicou e diminuiu substancialmente a época competitiva. A introdução dos nacionais de sprint em nada viera alterar este cenário.
Desde esse momento temos vindo a manifestar o nosso descontentamento, através de votação contra o plano de actividades.
Continuamos a ter uma apreciação crítica de como os atletas são tratados nos demais campeonatos. A falta de condições patente na pista não pode servir de desculpa à FPR. Merecemos ter mais condições na pista, mesmo estando neste estado.

2) Alta competição
Ao nível da alta competição foi assumido um modelo que falhou. Falhou no essencial. Os resultados são muito maus. Últimos lugares em quase todas as competições internacionais. Falta de qualidade. Inexistência de modelo técnico de remada.
Queremos uma selecção numerosa, mas de qualidade, dividida por diversos níveis de evolução e de avaliação.
A qualidade deverá ser o primeiro factor de avaliação e só depois a quantidade.
A federação não pode financiar atletas que sistematicamente não mostram evolução do seu trabalho e rendimento, de acordo com os objectivos traçados.
Devemos premiar que trabalha bem, enquadrar as boas práticas nas rotinas da selecção nacional e enquadrar todos os atletas na estrutura federativa.
Se tivermos uma boa estrutura de apoio ao atleta, o mesmo não terá de procurar fora da FPR, o apoio que merece ter internamente. A boa estrutura de apoio ao nível logístico, técnico e administrativo, fará com que
tenhamos os melhores atletas.
Não conseguimos, acima de tudo, criar a estrutura base que sustente resultados qualitativos.
Não temos um corpo técnico que seja capaz de levar o remo Português a um patamar por todos nós desejado:
• Participações no mínimo em finais b nos barcos olímpicos e em finais A nos barcos não olímpicos no escalão sénior, de uma forma sustentada e contínua.
• Participação nas finais A de campeonatos do mundo no escalão júnior.
• Obtenção de medalhas na coupe (juniores).
• Obtenção de medalhas em regatas internacionais nos escalões abaixo do júnior.
Acima de tudo é preciso criar uma base de treino físico e técnico coerente e aplicado a todos os escalões e coordenado com todos os clubes e respectivos treinadores, que queiram ter atletas na selecção, e que permita uma melhor criação de equipas.
Precisamos de um Director Técnico Nacional que aplique uma estratégia a este nível nomeadamente:
• Formação dos técnicos portugueses no modelo a aplicar, especialmente ao nível técnico da remada;
• Acompanhamento dos técnicos de clube e estabelecimento de orientações comuns para uma melhor integração dos atletas nos trabalhos das selecções nacionais.
• Formar um corpo técnico federativo, dentro do atrás exposto.
• Definição de barcos, regatas a serem desenvolvidos pela FPR,
• Definição de barcos a serem desenvolvidos em parceria com os clubes bem como regatas a participar, critérios classificativos.
Queremos que todos os atletas tenham possibilidade de poder testar as suas capacidades e que demonstrem o seu valor, dentro de critérios mensuráveis, dando sempre a última palavra à equipa técnica.
Caberá à Direcção da FPR a criação de estruturas que sustentem o trabalho do coordenador nacional e respectiva equipa técnica.
Essa estrutura deverá ter um Director Federativo que esteja em contacto permanente com o coordenador nacional, treinadores e clubes, no sentido de serem dadas todas as condições para que os atletas trabalhem na sua plenitude.
Deverá ser o director coordenador da alta competição com a sua equipa de trabalho, os únicos responsáveis, juntamente com os encarregados de educação (caso sejam menores) e o responsável de cada clube de coordenar todas as ausências escolares, alterações de datas de exames, ausências do trabalho.
Caberá ao Director Técnico Nacional a definição clara das várias etapas preparatórias, pré competitiva e competitivas, nomeadamente locais de estágios ao longo da época.
Defendemos ainda a criação de um CAR que deverá estar sedeado em Montemor-o-Velho face à:
• Existência da pista de remo;
• Proximidade aos locais de estudo aos vários níveis (secundário e superior),
• Oferta de trabalho.
Queremos a existência em permanência de um local onde os atletas da alta competição possam desenvolver a sua actividade e onde se devem criar as condições para que um atleta faça da casa do atleta a sua casa. Para isto a FPR deve estabelecer protocolos com o secretaria de estado do Desporto, IDP, Ministério da Educação e do Ensino Superior, e empresas necessárias, de forma a possibilitar a facilitar a integração dos atletas envolvidos em trabalhos da selecção nacional.
Não é uma visão utópica mas sim realista e possível.
Queremos que o trabalho seja sustentado e alvo de avaliações periódicas. Esta política deve ser transversal a qualquer Direcção que venha a assumir os destinos da Federação Portuguesa de Remo.

3) Calendário nacional
O calendário nacional, como mencionado anteriormente, não traz dignidade nem mérito aos atletas que trabalham correctamente para a obtenção de títulos nacionais.
O facilitismo criado leva a uma desmotivação dos atletas em treinar ao mais alto nível nacional. É notório a adaptação e diminuição de horas de treino semanais por parte dos atletas.
Temos que inverter esta tendência. No nosso entender passará pela diminuição drástica dos títulos nacionais atribuídos.
A existência de um único campeonato nacional, disputado na distância olímpica será a solução imediata a tomar. As provas actualmente existente e denominadas de Campeonatos Nacionais deverão ser alvo de reestruturação, nomeadamente através da criação de regatas combinadas de 2 a 3 eventos organizados sob a alçada da FPR, ou com o apoio da mesma para que:
• Se mantenham as tradicionais regatas de fundo, antes denominadas de liga de fundo, onde podemos incluir as provas que surgiram posteriormente;
• Se proceda à criação de regatas de longas distâncias para skiff e 2-, para a atribuição de um troféu nacional;
• Troféu para clubes para as regatas de barcos curtos e longos;
• Apoio à existência de regatas de nível inferior ao nacional, que fomente a pratica competitiva em Portugal;
• Campeonato nacional;
• Troféu para regatas de curtas distâncias, onde se incluiria a taça de Portugal;
• Conjunto de provas combinadas para o yolle.
Ao nível dos escalões inferiores ao Júnior, devem ser criados encontro nacionais, de 1 ou mais dias para que os membros da equipa técnica nacional, possam identificar futuras promessas e fomentar o convívio entre os remadores, num espírito salutar.
Não é pela atribuição de títulos que conseguimos ter bons atletas no escalão sénior.
Devem-se manter os campeonatos actuais de verão.
Deverá ser aprofundado o trabalho das associações regionais no que concerne ao bom trabalho relacionado com o torneio escolas e regatas complementares. O aumento da competitividade passa muito por este esforço.
As provas deverão sempre proporcionar ao atleta, o convívio e o fomento do espírito de competição.
O nível dos veteranos deve ser trabalhado, no sentido da existência ao longo de todo o ano desportivo, eventos destinados a este escalão. Será a este nível que poderemos diversificar os locais de regatas, podendo introduzir novos locais ou recuperar antigos campos de regatas.
Deve manter-se existir o nacional nos moldes actuais.
Temos obrigações acrescidas. Queremos acima de tudo que se respeitem todos os intervenientes do remo, especialmente o atleta.
Queremos a alteração do actual sistema de pontuação, que apenas premeia a quantidade em detrimento da qualidade. Apenas deverá ser atribuído pontos nos moldes abaixo descritos:
• Finais incompletas pontua o 1.º;
• Finais de 6 embarcações pontuam as 3 primeiras equipas;
• Eventos com mais de 10 barcos pontua todos os barcos da final A;
• Troféus individuais de Skiff e 2-, em sistema contar relógio, sob organização da FPR, pontuam os 6 primeiros em eventos superiores a 12 barcos, senão só 3 primeiros de 6 a 10 participantes e apenas o vencedor em número inferior a 6 barcos;
• Provas combinadas em si em sistema de regatas em linha nos moldes atrás descritos.
Devemos premiar a qualidade das equipas, fazendo com os clubes se esforcem cada vez mais para obter resultados de mérito nacional.

4) Formação e captação de novos remadores
Demos manter os torneios escolas, criar os tais campos de treinos ou eventos de 2 dias para os jovens que deverão ser mais locais de aprendizagem da técnica do remo.

5) Remo de turismo
Deve-se dar condições aos clubes para fomentar a prática do remo de lazer. A celebração de protocolos para a aquisição de embarcações próprias tem que ser eficaz e uma realidade a curto prazo. Será nesta vertente que os clubes deverão obter rendimentos para a competição.

6) Condições físicas para a pratica do remo
Temos que lutar por melhores condições nos nacionais.
Não temos água potável para lavarmos a cara ou as mãos na pista. Não temos onde nos equipar. Não temos organização na pista.
Sim já foi pior, mas não nos devemos desculpar com isso e deixar de dizer que ainda estamos longe do ideal. Esperarmos até que as obras da pista terminem não é solução. A redução de nacionais, mesmo com a criação de troféus, obriga a um maior cuidado na organização de nacionais. É possível mais nestas condições porque já vimos e vemos melhor, nomeadamente nos campeonatos da canoagem.

7) Criação de uma net work
Temos que parar de estar de costas viradas uns para os outros.
Na era da globalização, a troca de experiências e a partilha de casos de sucesso é uma mais-valia para o remo nacional.
A realização de treinos comuns entre clubes, a partilha de métodos de treino e troca de experiências fará com que se criem rotinas saudáveis que poderão ajudar a aumentar a competitividade.
Muito dos clubes vivem a menos de 70 km’s entre eles.
As cidades como o Porto, Lisboa, Figueira da Foz, que têm mais do que um clube poderão fomentar mais a prática de treinos competitivos entre eles.
A região centro, a região do Minho, a região de Lisboa podem também desenvolver a partilha de informação e coordenar treinos conjuntos entre equipas.
Trata-se de pensar nos atletas, no seu estímulo para o treino competitivo.
O exemplo mais recente foi o treino conjunto entre o lm2x de Portugal que foi aos jogos olímpicos com atletas e clubes da região Centro (Galitos, Ginásio Figueirense, Associação Naval 1.º de Maio, CIM).
Os atletas aplaudem estas iniciativas e a ANAR está disposta a colaborar activamente para o desenvolvimento destas acções.

Novembro de 2008
Este é o nosso memorando,
A Direcção da ANAR,

Regata Preparação PCale

Decorreu este ultimo domingo com largada em Espinhaço e chegada ao posto Náutico do PCale a 1ª regata da época no Rio Douro. Foi uma organização entre clubes que contou com a participação para além do clube "organizador" do CNIDH e do CDUP.
Foi uma regata aberta a todas as categorias e escalões com largadas em "decalage" onde o mais importante foi o convívio e a possibilidade de fazer um treino de fundo com outros condimentos.
Além das provas em 1X que eram para ambos os escalões, do programa constava os barcos parelhos para femininos e pontas para masculinos.
Com uma organização "doméstica" e a colaboração de todos os participantes, o PCale conseguiu dinamizar as águas do Douro fazendo um festival de remo com dezenas de embarcações a chegar praticamente em simultâneo à linha de chegada o que atraiu as atenções de todos os que circundavam as margens.
O CNIDH participou, como seria de esperar, com o maior numero de atletas e tripulações seguido do PCale. O CDUP que estava para alinhar com mais duas tripulações, por motivos de força maior ficou com o 1XF Juv. e o 8+SM em terra.
Foi uma boa experiência, especialmente para os mais jovens, e que permitiu ver a sua evolução em distancias longas. Foi pena não ter tido a participação dos dois outros clubes da Invicta mas pode ser que no futuro participem nestes treinos de conjunto, em vez de ficarem a ver os barcos a passar.
A repetir.

terça-feira, novembro 11, 2008

Dr. Jekill & Mr. Hide

Temos um novo blog no ciber-espaço. Chama-se " ANATOMIA DO REMO" e tem a famosa personagem de ficção como comentador analista.
Baseado no livro de Robert Louis Stevenson, "O Médico e o Monstro" em que um médico e pesquisador acredita que em cada um de nos existe um ser bom e um mau, desenvolve uma formula que o transforma para demonstrar a sua teoria. Assim o Dr. Jekyll assume o risco e bebe a sua invenção convencido que pode dominar o Mr. Hide, o seu lado mau.
Uma forma com piada de critica. A acompanhar.

segunda-feira, novembro 10, 2008

Fim do Nacional de Fundo?

Depois de uma análise mais atenta ao programa de provas para esta época afixado no site oficial da FPR, surpreendentemente não aparece o Campeonato Nacional de Fundo. Quer dizer, surpreendentemente, não.
Já anteriormente o presidente da FPR tinha emitido uma circular a fazer campanha eleitoral onde sugeria esta nova versão assim como o fim dos encontros de inverno para os mais novos e dividir no mesmo fim de semana os ligeiros no sábado e os absolutos no domingo.
Como disse, seria uma proposta. Mas parece que já auscultou todos os clubes, fez uma AG privada para aprovar e decidiu em conformidade. Aliás, no próprio plano de Actividades e Orçamento para o próximo ano faz referencia à sua extinção, pelo menos na parte descritiva.
Não sei como é que tenciona cumprir o protocolo com a CMG mas se calhar também não interessa nada. Até são amigos.
Para quem não cumpre as regras mais básicas da democracia e os estatutos em vigor, os protocolos só servem para utilizar em campanhas politicas e de auto-promoção.
Sou a favor de um campeonato que exprima o fim de uma época de longo curso, à semelhança do que se faz em todos os países onde o Remo tem um nível superior ao nosso. E esse Campeonato é o Nacional de Fundo. Seja ele no Porto, em Caminha ou no Algarve. Não faltam rios.

domingo, novembro 02, 2008

O Direito do Contraditório

Já não são surpresa as atitudes, a postura, e posições que o presidente da FPR toma.
Agora foi no Jantar de Gala.
Com um discurso claramente eleitoralista, apresentou factos do seu mandato que são, no mínimo, uma anedota, para não referir a cena do choro quando fez os agradecimentos aos colaboradores (é um presidente emocionalmente muito instável…). Podem ficar bem para apresentar à Tutela mas para quem está por dentro da modalidade só se pode rir e preocupar com o que irá ser o futuro.
Foi uma gestão desastrosa, sem qualquer resultado desportivo e altamente contestada por quase todos os clubes. Quando Deus distribuiu a vergonha, de certeza que ele estava no fim da fila.
Agora o que é preocupante é a forma ridícula como ataca quem o contesta, em especial perante pessoas e em situações que não permitem o contraditório. É do tipo “o burro zurra porque tem quem o ouça”.
Fazer um discurso daqueles, perante pessoas que não tem nada a ver com a modalidade pode originar que apareça algum maluco igualmente a insultá-lo e a colocar-se ao seu nível (não estou a falar da altura).
Anunciar a candidatura num jantar de gala com a presença do Poder político teve exclusivamente o intuito de se querer por em bicos de pés e dizer que só com ele é que os políticos se entendem. Só que os representantes dos clubes não ficam só a ouvir. Também pensam e tem memória.
Tenho que lhe dar o mérito pelas boas relações que tem com o Poder. Só lamento que não faça bom uso dessa qualidade e pense mais nele que na modalidade. Desejo igualmente que a tutela não tome posição por qualquer dos candidatos e que queira gostar tanto de estar de estar com os outros como diz que gosta de estar com o actual presidente. Há igualmente outras coisas que também fazem bem…e que são igualmente boas. A alternância é uma delas.
Não fico preocupado que me mandem para o canto da sala, como alguém me disse, para a mesa “atrás dos motoristas”. Fico, sim, é preocupado de que façam insinuações públicas de situações que não me revejo.

Congresso Remo - 1º Rescaldo

Foi neste fim-de-semana que tive a minha primeira participação num Congresso de Remo.
Presidido pelo Prof. Lopes Marques, o qual foi um enorme prazer tê-lo conhecido, este decorreu com alguns convidados que merecem especial destaque nomeadamente o Sr. Didier Mau, Presidente da Câmara de Pian Médoc, França, e ex-vice-presidente da Federação Francesa de Remo que deu uma lição do que era a relação entre a Tutela e o Desporto, nomeadamente o Remo e a relação entre as autarquias e o apoio ao desenvolvimento do desporto para todos, desde os mais novos até aos mais velhos. Foi uma lição para quem quis ouvir. Pena é que o Benchmarking não chegue á politica e aos responsáveis desportivos deste pais. Para mim, foi a melhor comunicação.
Outra comunicação merecedora de destaque foi a efectuada pelo DTN da Federação Italiana de Remo. Apresentou um modelo organizativo que deveria ser motivo de reflexão para os nossos representantes em especial o Corpo Técnico nacional. Um outro exemplo a seguir do que é a vontade de superação das equipes nacionais, permitindo o confronto entre as equipes nacionais, à semelhança de França, e as equipes dos clubes e o estabelecimento de metas bem claras e especificas para participar em provas internacionais.
Outra participação que merece ser referida foi a “lição” de arquitectura feita pelo Arq. Álvaro Andrade. Conseguiu convencer toda a plateia do buraco que vai ser o Pocinho. Foi o retrato do que ele efectivamente é. Uma seca, um sorvedouro de fundos e um projecto megalómano para Russo ou Ucraniano ver. Só para terem noção da “seca” que foi, a comunicação deveria ter, no máximo, 20 minutos e demorou para lá de 1:30 horas. Tiveram de o interromper para almoçar e, como se não bastasse, no final das comunicações ainda foi apresentar o restante. Pelo menos ficamos a saber que tipo de torneiras vão ter os WC e que os valores a esbanjar serão, em projecto, entre os 6 e os 8 MILHÕES de Euros. Vão fazer mais quartos do que o número de habitantes do Pocinho.
Ainda pensei que fosse uma comunicação estratégica visto ter sido feita a seguir à do DTN José Santos, não permitindo assim aos congressistas fazer as múltiplas perguntas que gostariam de ter feito e não tiveram oportunidade.
Fiquei contente e, sem falsas modéstias, com algum orgulho pelo impacto e receptividade que a minha intervenção teve. Foram inúmeros os participante que me vieram dar os parabéns, em especial aqueles que mais “vivem” a modalidade.
As propostas que apresentei foram maioritariamente aprovadas, embora considere que houve falta de informação quanto ao modelo de apresentação das propostas à mesa. Esperava tê-las discutido em comissão de trabalho e refinar a sua estrutura, conforme estava previsto no Regulamento. Assim não foi mas para a posteridade fica a fotografia do que é realmente o nosso Remo.