Taça ou Tacinha?

Ontem foi dia de Taça.
Novamente na bela vila de Caldas de Aregos, já pelo 4º ano consecutivo, alguns (poucos) clubes da nossa praça, entre os quais o CDUP foram medir forças numa competição que visa premiar os melhores clubes em Masculinos e Femininos. É claro que pelo sistema que temos instituído, as melhores são sempre as que tem mais gente, valendo o facto de apenas pontuarem as finais A, o que origina alguma diferenciação qualitativa em especial quando há muitos concorrentes.
Num plano de agua fantástico da parte da manhã, à tarde tivemos as condições habituais de vento e mareta (ou marola) implicando uma desigualdade das pistas, com clara vantagem para quem alinhou na pista 1 e 2. Que o digam os atletas Olímpicos do SCP que se viram e desejaram até meio da prova para levar a melhor sobre os atletas do CNIDH. Não fosse a experiência deles e agora estaríamos perante uma enorme surpresa, independentemente do mérito que tiveram na luta com eles.
Este ano, tivemos alguma correspondência entre as melhores equipas e os melhores clubes.
Em Masculinos, o vencedor foi o CNIDH enquanto em Femininos a vitória por clubes coube ao SCP.
O CDUP esteve (e bem) representado nas provas de 1XF, 2XM e 4-M, tendo desistido na reunião de delegados de participar no 4XM, com muita pena minha por vários motivos.
Na prova de 1XF, a Mª Luz esteve ao seu nível, lutando até à linha de chegada por uma boa classificação com a atleta do CNIDH mas não conseguindo melhor que a 5ª e ultima posição. Numa prova onde estavam as preferidas da Equipa Técnica Nacional, a vitória numa luta a 3 sorriu à atleta do CFV, Janine Coelho.
Em 2XM, o Afonso e o Paulo Lima fizeram uma boa eliminatória mas a valia dos adversários, na manga mais difícil não lhes permitiu ir à Final A. Venceram a final B com adversários do mesmo escalão de Veteranos numa demonstração de força e vontade.
O 4-M foi a melhor regata do programa. Foi a prova mais renhida entre todos os concorrentes, com a vitória tangencial a sorrir à excelente e experiente equipa do CNIDH seguida de muito perto pela AAC mas tendo que esperar pelo foto-finish para saber quem ocuparia a 3ª posição com 3 equipas a terminar praticamente em simultâneo. Foi mais forte o CDUP com o Filipe, Zeferino, Samuel e Faria a mostrar que com mais algum treino ainda podem fazer muitos estragos.
Na prova-rainha, o RCFP em 8+M mostrou a sua valia numa prova de raiva e vontade. Venceu categoricamente como quem queria dizer para contarem com eles. Ainda ninguém disse quem eram os melhores.
Numa competição que contou com a presença de 10 clubes num universo de 56, segundo dados da FPR, e alguns alinhando com juniores e veteranos, numa preparação para o Encontro de Veteranos a realizar ali ao lado, no Marco de Canavezes, fica a dúvida se este evento foi a Taça de Portugal ou a Tacinha?
Valha-nos a boa organização (não estou a falar dos árbitros e das arbitragens) envolvente e dos chocolates para nos adoçar a boca. Ficou bem à FPR (e/ou à Câmara) este gesto.

CDUP em Aviz

Pela terceira vez, estivemos presentes em Aviz naquela que se ameaça tornar a prova de referência para o Remo dos mais jovens. Num ambiente agradável que contou este ano com um desfile de rusgas no centro da Vila, o CDUP, no campo desportivo esteve num plano elevado. O mesmo não se pode dizer no capitulo da sorte com o jipe pois, mais uma vez, nos deixou pendurado, desta vez às portas de Aviz avariado. O que vale é que quem tem amigos não morre na cadeia. Com a ajuda do Amílcar Estrela que tratou logo de pedir ajuda ao Ferroviário do Barreiro, o atrelado seguiu para a pista enquanto se tratou de chamar a Assistência em Viagem. Na viagem de regresso contamos com a excelente e preciosa ajuda do ARCO que, através do Luís Esteves, disponibilizaram uma carrinha para puxar o atrelado. A todos eles quero deixar o meu OBRIGADO.
Voltando ao campo desportivo, as regatas tiveram um bom ritmo e, nas provas em que o CDUP alinhou, a procura pela vitória esteve sempre presente nesta jornada dupla. Quer no sábado quer no domingo a Beatriz e a Mariana não deixaram os créditos por mãos alheias e venceram categoricamente as duas regatas de 1X infantil e Iniciado respectivamente. Na prova de 2X a dupla Sara/Sofia estiveram em excelente plano lutando pela vitória no sábado mas terminando, dentro da pista, na 2ª posição enquanto no Domingo, as equipas do CNIDH venceram com algum àvontade ficando o CDUP na terceira posição mas que lhe valeu, no somatório dos tempos, o merecido 2º lugar final.
Foi mais uma jornada de Remo em grande que contou com imensos miúdos e onde todos puderam participar, inclusive os que tinham menos de 10 anos. É que contrariando todas as modalidades, o Remo só pode ter o prazer da competição para maiores de 10 anos. Quem não tiver só podem dar umas voltas de barco. Pelo menos é o que diz a circular nº4 da FPR.
Agora a próxima é a Taça.

Rescaldo do CNVerão - parte II - A inocência e a frustração

O segundo caso digno de registo neste nacional aconteceu no Domingo e teve como principal actor o RCFP.
Numa atitude de ingenuidade e de alguma "irresponsabilidade" os dirigentes do RCFP "esqueceram-se" de levar o timoneiro do Shell 8+Masc. candidato à vitória à pesagem dentro do tempo regulamentar.
Segundo o regulamento, estavam impedidos de alinhar devendo essa tomada de posição ser assumida pela organização.
Para não ficar com o peso dessa responsabilidade, a organização decidiu atirar (e bem, na minha opinião) essa responsabilidade para os delegados dos clubes que, à semelhança de situações de anos anteriores decidiriam contra o regulamento a bem do desporto e da verdade desportiva.
Afinal estávamos a falar do peso de um timoneiro e do atraso de cerca de 10 minutos.
Numa atitude pouco desportiva mas que lhe iria permitir eliminar "na secretaria" um dos principais adversários, o delegado do SCC foi o único que votou contra a aceitação do RCFP na prova de 8+M.
Estavam no seu direito de o fazer. Agora um clube que se considera melhor e que teve um atleta seu a treinar toda uma época nas instalações do RCFP sem qualquer exigência ou contrapartida, devia de ter mais respeito pelo clube e pelo adversário e permitir o confronto na água.
Viraram atletas contra atletas, criaram mau estar e vão ficar sempre com a dúvida se eram melhores ou não.
Levaram a Taça, mas não levaram o respeito.
Quero deixar uma palavra de apreço para os atletas do RCFP. Sei o que passaram e sofreram para mostrar que eram melhores. A frustração de um ano de trabalho perdido por uma falha burocrática deve ser enorme. Foram grandes e tiveram uma atitude de CAMPEÕES e isso também fica na nossa memória.
Espero que os dirigentes e técnicos do RCFP, de quem sou amigo e solidário, tenham aprendido com este erro. Afinal foram muito "inocentes".

Rescaldo do CNVerão - parte I - O Nacional Porreirismo

Foi este fim de semana que decorreu o Campeonato Nacional de Verão, a primeira prova a sério deste ano do Calendário Nacional de Regatas.
Um fim-de-semana em cheio onde a meteorologia ajudou e a pista teve condições que não me lembro de ver, pelo menos tanto tempo seguido.
Os requisitos estavam minimamente cumpridos mas não foi por isso que deixaram de haver casos, uns mais graves que outros.
Parece que a guerra com a APAR levou a que fosse requisitado um arbitro belga que "ajudou" os "caloiros" do ultimo curso pirata a ter quorum para cumprir o regulamento.
Para além das pequenas falhas no acompanhamento das regatas, o dia de sábado foi marcado pelo acidente em cima da linha de chegada entre as tripulações do 4- do SCP que vinha em prova mas com a chegada a dar-se na pista 7, ou seja, na pista de segurança onde, por sinal estava "acampada" a tripulação do 8+ do CNL. O choque foi brutal e os danos nas embarcações que tinham sido emprestadas pelo CFV ao SCP e pelo Ginásio ao CNL foram bastante grandes.
Como não houve a capacidade da organização ter alguém a desimpedir a linha de chegada e muito menos a alertar os intervenientes para o perigo eminente, o acidente ficou por isso mesmo.
Diz a lei (Dec.Lei 309/2002) que a responsabilidade é da organização (... e tendo em vista a garantia do ressarcimento dos danos e prejuízos causados em caso de acidente, dado o elevado grau de risco e o iminente perigo para a integridade física dos utentes, estabelece-se a obrigatoriedade da celebração de um seguro de responsabilidade civil que cubra os riscos do exercício das actividades dos intervenientes no processo e de um seguro de acidentes pessoais que cubra os danos causados nos utentes, em caso de acidente) mas como estamos num país do nacional porreirismo, parece que os clubes envolvidos ficaram de consertar os barcos para os respectivos proprietários e a organização alheia-se das suas responsabilidades.
Ainda tenho presente as pressões feitas vá-se lá saber por quem que, justamente, tive para cumprir estes e outros aspectos legais na organização da Regata Pirilampo Mágico.

CDUP em grande em Cacia

A simpática Colectividade Popular de Cacia teve hoje a sua voluntariosa organização da Regata "Taça Vila de Cacia" que contou com a presença de alguns clubes da zona Norte, entre os quais o CDUP.
Num dia climatéricamente bastante agradável, o convívio foi a tónica dominante.
As regatas foram caracterizadas essencialmente pelo confronto entre os escalões mais jovens e onde o CDUP brilhou bem alto.
Participou em quatro provas, 3 de remo jovem e uma de veteranos e nas quatro obteve o 1º lugar. Pode-se dizer que fez o pleno. 100% vitorioso.
Em 1X infantil ganhou a Beatriz, em 1X iniciado foi a Mariana e em 2X iniciado a semi-surpresa face ao potencial poderio das adversárias, foi a Sara e a Sofia que numa regata renhidissima só na ponta final é que conseguiram alcançar a liderança e vencer com garra e muito mérito, para desgosto das meninas do Galitos e do ARCO que lutaram até ao fim pela vitória. No 1X veterano, o Afonso não deu hipótese.
Foi mais um dia em cheio para as miúdas do CDUP.
A Taça correspondente ao clube vencedor por pontos foi para a vitrina do Portuscale, seguido do Galitos, do Arco e do Cacia tendo o CDUP ficado na 5ª posição.
Um sistema de pontuação que premeia a quantidade em detrimento da qualidade, à semelhança de praticamente todos os que estão instituídos a nível nacional. Daí os clubes utilizarem os mesmos atletas em várias provas.
Destaco a prestação do João (Sopol) do PCale que venceu as provas em que entrou, seja em 1X juvenil, o seu escalão seja no 1X sénior onde também alinhou. Um atleta com largo futuro.
Parabéns ao CACIA e que continue a sua luta pela Pista Náutica. Quem espera por decisões politicas tem que ter paciência de santo.

MARCOnnection

Prepara-se para breve uma nova centralidade a Norte do Remo.
No Marco de Canaveses está-se a preparar uma "Negociação" com a autarquia para se instalar por aquelas bandas uma nova pista de Remo para jovens e veteranos e quiçá, transferir a Taça de Portugal. O acordo com Resende está no fim e é preciso procurar alternativas.
Até me constou que já existe um clube da ARDP candidato a organizar por lá um Nacional.
Constou-me que depois das primeiras reuniões conjuntas entre a FPR e os responsáveis locais em que aqueles que foram os mentores da ideia foram ultrapassados pela celeridade, "dinamismo" e outra outra coisa qualquer que agora não vem ao caso, o campo estava de tal forma "minado" que vão obrigar a duplo trabalho de "charme" e relações públicas para que este projecto fique ao serviço dos clubes da ARDPorto. Quer em termos de local de estágio, quer na possibilidade de ter um local de treino agradável e com as condições ideais.




Uma situação que segundo apurei estaria a ser preparada pela ARDP de forma a prestar aos seus clubes um melhor serviço e assim criar a sua própria pista, foi de uma forma ,"vá lá", surpreendente que se assistiu a uma "movimentação" estranha que levou a FPR a reunir com carácter de urgência com a Junta que por sua vez tem ligações politicas com a Autarquia que por sua vez tem ligações politicas com o clube local que por sua vez.... o "polvo" dixit.

Até aqui tudo normal. É importante fazer valer as nossas capacidades e aquilo que somos melhores e neste aspecto, a FPR não pede meças a ninguém.
O investimento que foi feito pela autarquia na reabilitação daquela zona ribeirinha foi enorme e é preciso justificar esse investimento.
Agora resta saber quem são os "peões de brega" da FPR.
O Sande Naval Clube lá nos espera. Esperemos é que faça juz ao nome e nos sirva também um verdinho da região.