terça-feira, agosto 28, 2012

Rei morto, Rei posto


Um comunicado que enumera a revolução que esta direcção operou no Remo nacional e o quanto foi feito pela modalidade. É, de facto, uma injustiça.

Senão vejamos:

 - Conseguiu um passivo superior a UM MILHÃO de Euros
 - Deixou um elefante branco (Pocinho) com dívidas ainda desconhecidas.
 - Tem dívidas (muitas com mais de 4 anos) para com praticamente todos os agentes da modalidade (clubes, árbitros, …)
 - Tem processos judiciais por incumprimento
 - Teve acções de penhora (equipamento e contas bancárias)
 - Deixou de subsidiar os clubes, acabando com os prémios do ranking
 - Atribuiu subsídios a “amigos” sem a respectiva contrapartida
 - Opôs-se e impediu a construção da Pista do Rio Novo Príncipe, obra que não teria qualquer custo para a FPR ou para a modalidade.
 - Expulsou muitos e bons atletas da Equipa nacional
 - Elaborou Regulamentos e contra-regulamentos, muitos deles à medida das conveniências.
 - Aplicou castigos e Processos disciplinares a torto e a direito só porque os clubes e associações faziam o seu objecto social ou eram contra as suas decisões.
 - Admitiu clubes associados que nunca tiveram nem se prevê que venham a ter Remo.
 - Promulgou campeonatos nacionais contestados, sem regras de segurança e em incumprimento do Código Nacional de Regatas (desde as distâncias mínimas até à presença das equipas de segurança – médicos e bombeiros).
 - Alegando as dificuldades financeiras, não realizou campeonatos nacionais, sem, no entanto, deixar de fazer viagens ao estrangeiro ou participando com equipas pouco competitivas em campeonatos do Mundo.
 - E muito mais que ainda se virá a saber.

Por tudo isto, é com muito pesar que toda a comunidade irá sentir a sua falta.

Mas o fim de um ciclo pressupõe o início de outro e a esperança é uma coisa que se renova.
Hoje, dia 28-08-2012 pelas 19:00h toma posse em Soure a Comissão Administrativa liderada pelo Dr. Joaquim de Sousa e tendo com vice-presidentes os representantes das Associações Regionais do Porto (Luis Faria), Beira Litoral (Luis Maricato) e Setubal (AmilcarEstrela), alem de 3 reputados técnicos que irão prestar graciosamente o seu contributo à modalidade.
Esta Comissão tem como missão resolver os problemas mais urgentes que atormentam a modalidade e que estiveram na génese desta mudança.
A negociação dos processos de insolvência, a revisão estatutária, e a organização interna dos serviços da FPR são os primeiros passos a dar por esta Comissão nesta fase transitória até à convocação de eleições.
A criação de grupos de trabalho deverá ser outra das prioridades no sentido de fazer a programação da nova época. A questão da Formação e da alteração dos Estatutos, entre outros assuntos emergentes deverá ter cuidados especiais por parte deste órgão transitório.
Pelo menos uma coisa é garantida. O Remo foi entregue aos seus verdadeiros agentes e as Associações Regionais, que tão mal tratadas foram pelo anterior elenco directivo tem agora um papel importante na resolução desta crise.
Espera-se que haja união de todos os clubes e demais intervenientes e que se repense a modalidade. É do futuro que se está a tratar e as velhas mentalidades tem que ter outra postura, com total abertura para a mudança e sentido de compromisso, porque os tempos que se avizinham não vão ser fáceis.
Desejo a esta equipa muita sorte e muita capacidade de entrega porque trabalho não vai faltar. E podem contar com o meu apoio.

Felicidades.

terça-feira, agosto 14, 2012

O SEM VERGONHA



Não há bom senso que resista.

Depois de uma AG que pautou pelo alerta da actual situação financeira da FPR, com choradinhos do NQL de que a situação estava má e de que havia que resolver a questão do processo de insolvência agendado inicialmente para o dia 22, os delegados através de uma Moção recomendaram vivamente o afastamento do actual Elenco Directivo, com uma votação expressiva, tendo, inclusive, nomeado uma Comissão Administrativa para tentar que a Federação se salve do pantanal e dê sinais de mudança de forma a repor a legalidade e ganhar alguma credibilidade junto do exterior.
O NQL levou a mensagem à letra e efectivamente afastou-se. Mas afastou-se para Plovdiv, na Bulgária, onde irá decorrer entre os dias 15 e 19 do corrente o Campeonato do Mundo de Juniores e Portugal estará com uma equipa de juniores em 4XM. Como se não bastasse, ficaram de ser enviados com caracter de urgência para as Entidades Oficiais as decisões da AG, cópias das actas e votações, de forma a ser conhecida a posição dos delegados e mostrar que a modalidade pretende ajuda neste momento sensível.
O homem, previdente como é, guardou os documentos em casa alegando que os serviços administrativos da FPR estavam fechados e desta forma, poder ir fazer mais umas férias à Bulgária.

Esta trama deve ser resultado da estadia em Londres onde deve ter conhecido Frank Oz, famoso realizador britânico e, perante as suas semelhanças com Steve Martin, vender o argumento desta comédia, e assim criar uma sequela do “Bowfinger – O Sem Vergonha”.
Como não teve grande sucesso enquanto Agente Desportivo, como o benfiquista Rui Gomes da Silva o referiu no programa “O dia seguinte”, pretende agora seguir o cinema, já que tem algum talento na arte da representação.
A realidade é que isto já se torna uma comédia, mas uma comédia melodramática, em que o papel principal é do NQL com os clubes a servir de figurantes.

sábado, agosto 11, 2012

Vitória do Remo em AG Extraordinária


Poderia começar este “post” dizendo mal (ou a verdade mais dura) da posição da Direcção da FPR perante uma moção apresentada pelo CDUP (e não só) para que esta apresentasse a resignação das suas funções, mas não estaria a contribuir positivamente para a resolução da actual situação da FPR. E o momento exige que todos reconheçam as suas falhas e contribuam para que o Remo e os seus agentes saiam fortalecidos neste momento de fraqueza.
Daí, prefiro ver as coisas por outro prisma. O prisma dos Clubes de Remo e da salvaguarda dos interesses da modalidade.

Realizou-se hoje, 11-08-2012 pelas 10:30h em Soure, conforme agendada, a Assembleia Geral Extraordinária que visava fazer uma análise ao actual estado da FPR e a apresentação de propostas com vista à resolução dos actuais problemas, em especial, dar uma solução ao pedido de insolvência apresentado pela firma “Moisés Oliveira”.
Após o início dos trabalhos, desta vez conduzidos (ao fim de 3 anos de ausência) pelo Presidente da AG, João Gouveia, foram discutidos os vários temas relativos ao actual estado da Direcção, desde a composição do elenco directivo, com questões sobre legalidade dos Orgãos Sociais, passando pelas dívidas e pelos vários pedidos de insolvência, pela avaliação patrimonial da FPR até às querelas entre a FPR e as Entidades Oficiais sobre o pagamento da organização do Europeu.
Apesar dos argumentos pouco convincentes da actual direcção, ficou claro o esforço dos delegados em conhecer o verdadeiro estado “da nação” com vista à apresentação de alternativas, sendo apresentada uma Moção, composta por vários pontos, com destaque para o pedido de resignação da actual Direcção e a eleição de uma comissão Executiva que pudesse “arrumar” a casa e ser interlocutora com os credores, nomeadamente a fima “Moisés Oliveira”, fazendo com que esta desistisse do pedido de insolvência a ser declarado pelo tribunal no próximo dia 4-09 por pedido de adiamento feito pelo autor.
A Moção foi sujeita a votação tendo alcançado 26 votos a favor, 14 contra e 1 abstenção.

De seguida foi questionado o presidente da Direcção se, de acordo com o primeiro ponto da moção, resignava (ele e/ou os restantes elementos da Direcção), podendo assim, legalmente, dar um novo passo na estrutura federativa. O presidente disse que ele e os restantes elementos não se demitiam mas estavam disponíveis para coordenar com um grupo de trabalho apresentado pelos delegados, o qual foi recusado. Foi reforçado que a Direcção não precisava de o fazer naquele momento, que deveria ponderar sobre o assunto e, antes do processo de insolvência, desse a oportunidade da nova equipa se apresentar perante os credores e assim mostrar uma atitude proactiva na resolução dos vários problemas.
Dando sequência à moção, foi levada a efeito a votação de uma Lista composta por uma Comissão Administrativa, liderada pelo Ex-Secretário do Estado do Desporto e Ex-Presidente da Mesa da AG da FPR durante 18 anos, Dr. Joaquim de Sousa, acompanhada por mais 6 elementos como vice-presidentes:
- um representante da Associação Remo do Porto – Luis Faria;
- um da Associação  de Remo da Beira Litoral – Luis Maricato;
- um da Associação de Remo de Setúbal – Amilcar Estrela;
- uma Economista e Técnica Oficial de Contas – Marta Moreira da Costa;
- um Jurista e especialista em Direito Desportivo – João Diogo Manteigas
- e um Jurista especialista em Insolvências, ex-presidente da Associação dos Administradores Judiciais e professor Universitário – Pedro Almeida Freire
que obteve os seguintes resultados: 26 votos a favor, 9 Abstenções e 5 nulos

Foi desta forma que terminou a Assembleia Geral, conduzida e participada com elevação e civismo e com a noção de que se trabalhou para que a modalidade virasse uma pagina, deixando em aberto uma solução para o futuro mais próximo, assim a actual direcção o queira.
O momento assim o exige e o bom senso irá prevalecer, pelo menos é o desejo de todos os que se reuniram na sala, e foram muitos, para além dos delegados creditados.

sexta-feira, agosto 10, 2012

CANOAGEM. Um Exemplo a seguir.

Antes de qualquer comentário, os PARABÉNS à Canoagem pelo brilhante desempenho que está a ter em Londres, extensível a toda a comitiva Olímpica superiormente gerida pelo Chefe da missão olímpica, Mário Miguel Santos.
O assunto não é propriamente os resultados alcançados pelos atletas Lusos mas sim o exemplo que a FPC pode trazer para o Remo.
Fazendo um pouco de história, a Canoagem é praticada em Portugal com alguma organização desde os anos 30 mas é em 1979 que é criada em Vila do Conde a Federação Portuguesa de Canoagem, onde o CDUP foi um dos clubes fundadores. A crise directiva que atravessou o final da década de 90, com deficiências de gestão, guerra de clubes e de Poder, dívidas a fornecedores e muitos outros casos bastante discutidos na época fizeram com que a Federação estivesse em risco de desaparecer, tendo inclusive, visto o Estatuto de Utilidade Pública suspenso.
Uma revolução interna fez com que a anterior Direcção liderada pelo presidente do CN Crestuma, José Cunha desse lugar a gente nova, com outra visão da modalidade a qual contou com a brilhante participação do José Garcia em Barcelona 92 e deu um impulso na modalidade, tendo em 2005 a presidência sido entregue a Mário Santos, um ex-atleta e sócio do CDUP, assumisse a Direcção da Federação e traçado objectivos claros e aceites por todos os agentes da modalidade.
Uma aposta ganha já que a Federação aumentou exponencialmente o numero de clubes e de atletas, com muito menos recursos financeiros que a maioria das congéneres e culminado com a conquista da medalha de prata nestes JO.
Esta retrospectiva permite fazer a comparação entre o actual estado da Federação de Remo e a de Canoagem.

O Remo encontra-se ainda pior que a Canoagem nos finais dos anos 90. Dividas, processos em tribunal, suspeitas de Gestão danosa, a modalidade dividida e sem um rumo, os principais agentes de costas voltadas para esta Direcção e o risco de insolvência a pairar sobre a FPR.
Neste próximo Sábado, dia 11-08 pelas 10:00 horas decorrerá uma AG extraordinária em Soure convocada pela maioria dos delegados dos clubes com Remo.
Além de ser uma oportunidade de ouro para "arrumar" definitivamente a casa, é igualmente uma via para tirar proveito externo do que a náutica alcançou nestes Jogos.
Os delegados foram convidados a aproveitar esta oportunidade única para mudar o estado de sitio da modalidade.
É claro e confirmado que o NQL já andou a fazer chamadas e convites aos delegados dos clubes-fantasma para lhe segurarem "as pontas", daí a importância dos VERDADEIROS clubes, Treinadores e Atletas marcarem presença nesta AG e mostrarem o seu desagrado.
As semelhanças com a Canoagem são muitas. O que devemos fazer é seguir o seu bom exemplo.
E como é mote na nossa modalidade, devemos remar todos para o mesmo lado e em sintonia.
Afinal é o futuro que está em jogo e o pedido de insolvência a sair no dia 22-8 deve ser motivo de reflexão e união.
Esperemos que todos os que gostam do Remo marquem presença e se unam neste desafio.

sábado, agosto 04, 2012

MUITOS, MUITOS PARABÉNS


Muita coisa pode ser dita, muita coisa há-de ser falada, muita tinta vai correr, mas uma coisa é certa.
Estes atletas e aqueles que sempre os apoiaram directamente estão de PARABÉNS.
Foi um 5º lugar com sabor a ouro. Pelo esforço, pelo empenho e pela dedicação.
Neste momento de satisfação, quando, quem sabe que estou ligado ao Remo, me aborda e mostra interesse pela modalidade é com um grande orgulho que sinto que a modalidade cresceu. E cresceu devido a estes atletas e ao seu(s) treinador(es).
A modalidade em Portugal está mal. É um facto reconhecido por toda a comunidade.
A hora é de aproveitar a maré e dar um grande abanão para que no Rio de Janeiro o Pedro e o Nuno não sejam os unicos.
Eu luto por isso. E sei que estes nossos campeões também.
Esperemos para ver se a proxima Assembleia Geral Extraordinária a realizar no dia 11 do corrente trás um novo rumo e os verdadeiros clubes de Remo passam a ser os verdadeiros motores da modalidade.
PARABÉNS, PARABÉNS, PARABÉNS.

PS: Quero igualmente desejar a melhor das campanhas à nossa congenere da CANOAGEM,  que vai iniciar a sua campanha. Afinal não temos a fama de ser um pais de marinheiros? Vamos prová-lo. Estou a torcer por eles.