Foi em lagrimas que a comunidade do
Remo recebeu o Comunicado aos clubes anunciando a renuncia ao cargo do presidente Rascão Marques.
Um comunicado que enumera a
revolução que esta direcção operou no Remo nacional e o quanto foi feito pela
modalidade. É, de facto, uma injustiça.
Senão vejamos:
- Conseguiu um passivo superior a UM MILHÃO de
Euros
- Deixou um elefante branco (Pocinho) com dívidas
ainda desconhecidas.- Tem dívidas (muitas com mais de 4 anos) para com praticamente todos os agentes da modalidade (clubes, árbitros, …)
- Tem processos judiciais por incumprimento
- Teve acções de penhora (equipamento e contas bancárias)
- Deixou de subsidiar os clubes, acabando com os prémios do ranking
- Atribuiu subsídios a “amigos” sem a respectiva contrapartida
- Opôs-se e impediu a construção da Pista do Rio Novo Príncipe, obra que não teria qualquer custo para a FPR ou para a modalidade.
- Expulsou muitos e bons atletas da Equipa nacional
- Elaborou Regulamentos e contra-regulamentos, muitos deles à medida das conveniências.
- Aplicou castigos e Processos disciplinares a torto e a direito só porque os clubes e associações faziam o seu objecto social ou eram contra as suas decisões.
- Admitiu clubes associados que nunca tiveram nem se prevê que venham a ter Remo.
- Promulgou campeonatos nacionais contestados, sem regras de segurança e em incumprimento do Código Nacional de Regatas (desde as distâncias mínimas até à presença das equipas de segurança – médicos e bombeiros).
- Alegando as dificuldades financeiras, não realizou campeonatos nacionais, sem, no entanto, deixar de fazer viagens ao estrangeiro ou participando com equipas pouco competitivas em campeonatos do Mundo.
- E muito mais que ainda se virá a saber.
Por tudo isto, é com muito pesar que
toda a comunidade irá sentir a sua falta.
Mas o fim de um ciclo pressupõe o
início de outro e a esperança é uma coisa que se renova.
Hoje, dia 28-08-2012 pelas 19:00h toma posse em Soure a Comissão Administrativa liderada pelo Dr. Joaquim de Sousa e tendo com vice-presidentes os representantes das Associações Regionais do Porto (Luis Faria), Beira Litoral (Luis Maricato) e Setubal (AmilcarEstrela), alem de 3 reputados técnicos que irão prestar graciosamente o seu contributo à modalidade.Esta Comissão tem como missão resolver os problemas mais urgentes que atormentam a modalidade e que estiveram na génese desta mudança.
A negociação dos processos de insolvência, a revisão estatutária, e a organização interna dos serviços da FPR são os primeiros passos a dar por esta Comissão nesta fase transitória até à convocação de eleições.
A criação de grupos de trabalho deverá ser outra das prioridades no sentido de fazer a programação da nova época. A questão da Formação e da alteração dos Estatutos, entre outros assuntos emergentes deverá ter cuidados especiais por parte deste órgão transitório.
Pelo menos uma coisa é garantida. O Remo foi entregue aos seus verdadeiros agentes e as Associações Regionais, que tão mal tratadas foram pelo anterior elenco directivo tem agora um papel importante na resolução desta crise.
Espera-se que haja união de todos os clubes e demais intervenientes e que se repense a modalidade. É do futuro que se está a tratar e as velhas mentalidades tem que ter outra postura, com total abertura para a mudança e sentido de compromisso, porque os tempos que se avizinham não vão ser fáceis.
Desejo a esta equipa muita sorte e muita capacidade de entrega porque trabalho não vai faltar. E podem contar com o meu apoio.
Felicidades.