sexta-feira, julho 25, 2008

Protesto do CDUP

O CDUP apresentou um protesto por mail na FPR para suspensão/anulação dos resultados do último Encontro Nacional de Iniciados. Este protesto foi recusado por não obedecer a alguns dos artºs do Código Nacional de Regatas. O próprio protesto, aquando da sua formulação não tem muito onde se fundamentar pois NÃO EXISTE regulamentação nacional para estas arbitrariedades. Como tal apoiou-se no direito de protesto e na pouca fundamentação formal que sugere a continuidade das provas e a defesa da verdade desportiva. Fez mais. Fez seguir o articulado do código FISA para apoiar as suas razões.
A FPR como resposta, além de não aceitar o protesto sugeriu o recurso para o C.J.. Sabendo que este apenas se pode basear nos factos surgidos DURANTE a realização das regatas e fazer valer o regulamento com o articulado apresentado, qualquer recurso carece de apoio formal pois NÃO ESTÁ REGULAMENTADO no presente Código de Regatas. Apenas aceita ocorrências relativas ao desempenho dos intervenientes e não ás tomadas de decisão da organização.
Portanto temos o jogo viciado. A defesa possível para esta situação está fora da FPR, o que coloca alguns considerandos:
-A maioria dos clubes é apática e comodista;
- Geralmente os recursos apresentados no CJ da FPR não tem resposta (veja-se os casos dos protestos do CNIDH aos Nacionais de Fundo ou do RCFP á exclusão de atletas,...);
- A presentação de um protesto aos órgãos competentes fora da FPR tem custos relativamente elevados;
- A credibilidade do Remo (que já é pouca) ainda diminui mais;
- A posição final quanto a esta situação ainda não foi oficialmente comunicada.
Portanto é tempo de os clubes se assumirem, analisarem o que efectivamente querem e, perante estas e outras situações de prepotência, reclamarem e publicamente mostrarem o seu desagrado.
Gostaria de ver esta situação num Campeonato de Juniores e Seniores e ver qual a posição de alguns históricos. Hoje são uns, amanhã outros. Assim é que o Remo não vai para a frente.

2 comentários:

JMR disse...

Não vou comentar os aspectos técnicos do caso, deixo isso a cargo de dirigentes com responsabilidades nessa matéria.
Apenas venho comentar para elogiar a forma como defendes a tua posição (quer seja válida ou não), pois segues sempre uma linha de argumentação coerente e sólida.
Aproveito ainda para lembrar que, pessoalmente, ainda estou à espera de conhecer a resposta do C.J. em relação ao protesto apresentado pelo Ginásio aquando da exclusão do «4X», uma vez que abordei a situação na altura e nunca mais me puseram a par dos acontecimentos.
Por fim, já que reconheces que a credibilidade do remo "ainda diminui mais", louvo a forma desassombrada com que chamas as pessoas às respectivas responsabilidades, nomeadamente ao referires que "é tempo de os clubes se assumirem, analisarem o que efectivamente querem (...)" e reagirem. Em contraponto, não gostei da forma como terminaste, uma vez que referires-te a "alguns históricos" sem especificar podes, sem querer, causar mal-entendidos e afastar "alguns" dirigentes desse debate sobre a modalidade.

Super disse...

Olá

Nunca tive qualquer problema de dar o nome ás coisas. Não achei necessário referir o Clube A ou B ou dizer que é o dirigente X ou Y. Referi os "históricos" pelo peso que tem nas decisões e na chamada de atenção á sua consciência para uma situação hipotética.