CONTAS DESENCONTRADAS

Enquanto em Avis se faziam os preparativos para mais edição da “Head of the Cork 2012”, a FPR apresentava o seu Relatório e Contas referente ao exercício de 2011.
As contas chegaram atrasadas, como já vem sendo habito mas ainda assim deu para concluir que a letra não dizia com a careta. Ou melhor, apesar das várias explicações a plateia não ficou convencida da sua veracidade. Uma coisa todos ficaram conscientes pois foi referido e reforçado pelo próprio ROC – Revisor Oficial de Contas. A FPR ESTÁ INSOLVENTE.
O Passivo ultrapassa o milhão de Euros e os Capitais Próprios não refletem o descalabro financeiro que esta Direcção acumulou. No ultimo exercício acumulou mais 128.000€ de prejuízo, apesar de não pagar a praticamente ninguém. Nem com todos os malabarismos com as contas e com documentos contabilisticamente aceites conseguiu um resultado positivo.
É claro que a desculpa foi o estado do país, a crise, e outros argumentos pouco convincentes, para alem dos gajos dos blog’s que não a deixam dizer tudo pois vem logo para a praça publica manchar e denegrir o “brilhante” desempenho desta Direcção.
No que se referia aos processos judiciais, e são muitos, a Direcção afirmou que não existiam, que era a “fonte” que não os actualizava e que uma parte deles ou estavam resolvidos ou não tinha conhecimento deles.
A parte mais “interessante” foi protagonizada pela troca de acusações entre o presidente do SCP e o Agente Desportivo Rascão Marques com este a afirmar que, no processo de transferência dos atletas olímpicos, aquilo que ele fez foi ajudar os dois atletas, a seu pedido, a ir ao BENFICA para mediar a pretensão deles. Como se sabe, os dois atletas acabaram no SPORTING, já com contratos assinados e inscritos na FPR ainda sem o clube ser sócio da FPR. Segundo o NQL a ratificação não passava de uma “palhaçada” pois a Direcção já tinha decidido.
O plenário teve momentos engraçados, com alguns dos delegados a “mostrar” que tem o “rabo trilhado” e que aprovavam as contas por pagamento de “favores”.
O que fica para a história é que as contas foram aprovadas com 19 votos a favor, 4 abstenções e 10 votos contra. Alem de alguns clubes “vendidos” a grande maioria dos votos favoráveis provieram de clubes sem Remo e sem atletas e de assalariados da FPR. Fica também o registo da ausência dos delegados de uma boa parte dos clubes com actividade.