segunda-feira, junho 15, 2009

Rescaldo do CNVerão - parte I - O Nacional Porreirismo

Foi este fim de semana que decorreu o Campeonato Nacional de Verão, a primeira prova a sério deste ano do Calendário Nacional de Regatas.
Um fim-de-semana em cheio onde a meteorologia ajudou e a pista teve condições que não me lembro de ver, pelo menos tanto tempo seguido.
Os requisitos estavam minimamente cumpridos mas não foi por isso que deixaram de haver casos, uns mais graves que outros.
Parece que a guerra com a APAR levou a que fosse requisitado um arbitro belga que "ajudou" os "caloiros" do ultimo curso pirata a ter quorum para cumprir o regulamento.
Para além das pequenas falhas no acompanhamento das regatas, o dia de sábado foi marcado pelo acidente em cima da linha de chegada entre as tripulações do 4- do SCP que vinha em prova mas com a chegada a dar-se na pista 7, ou seja, na pista de segurança onde, por sinal estava "acampada" a tripulação do 8+ do CNL. O choque foi brutal e os danos nas embarcações que tinham sido emprestadas pelo CFV ao SCP e pelo Ginásio ao CNL foram bastante grandes.
Como não houve a capacidade da organização ter alguém a desimpedir a linha de chegada e muito menos a alertar os intervenientes para o perigo eminente, o acidente ficou por isso mesmo.
Diz a lei (Dec.Lei 309/2002) que a responsabilidade é da organização (... e tendo em vista a garantia do ressarcimento dos danos e prejuízos causados em caso de acidente, dado o elevado grau de risco e o iminente perigo para a integridade física dos utentes, estabelece-se a obrigatoriedade da celebração de um seguro de responsabilidade civil que cubra os riscos do exercício das actividades dos intervenientes no processo e de um seguro de acidentes pessoais que cubra os danos causados nos utentes, em caso de acidente) mas como estamos num país do nacional porreirismo, parece que os clubes envolvidos ficaram de consertar os barcos para os respectivos proprietários e a organização alheia-se das suas responsabilidades.
Ainda tenho presente as pressões feitas vá-se lá saber por quem que, justamente, tive para cumprir estes e outros aspectos legais na organização da Regata Pirilampo Mágico.

6 comentários:

Anónimo disse...

Ò super:
Tu não te cansas a ti mesmo por seres tão repetitivo ,e estares sempre a bater no ceguinho.Deixa o que ele não quer ver.
Ocupa te de outras coisas mais produtivas.Xiça

Anónimo disse...

Caro Carlos,
gosto da analise que fizeste ao que se passou, mas tenho que dizer que as conclusões que tiras, podem induzir em pensamentos longe da verdade.
1º - quando de dizes "levou a que fosse requisitado um arbitro belga" , não corresponde à verdade, existe um protocolo de intercambio de arbitros internacionais entre a FPR e a Federação Belga, em que, para o ano de 2009 já tinha sido estabelecido em Janeiro (antes da guerra), receber um arbitro nos nossos nacionais e a comparencia de 2 arbitros portugueses em regatas na Bélgica(Ghent).
2º- Relativamente ao danos no material(barcos), diz o CRN o seguinte: "Artigo 72º
Danos no Material
1 - Se uma ou várias equipas sofrerem danos materiais, o júri é incumbido de apurar as responsabilidades, ouvindo as equipas implicadas e elaborando um processo verbal de acidente que será transmitido à F.P.R.
2 - Por seu lado, os clubes das equipas acidentadas, devem, num prazo de 48 horas, endereçar a sua declaração à companhia de seguros junto da qual subscreveram o contrato.", pelo que terão os clubes que acionar os seguros que são obrigatórios por lei sendo os seguros da organização para danos emergentes da sua estrutura organizativa, ie público e de mais infraestruturas. A minha pergunta é a FPR verifica se todos têm seguros contratados para as provas como dizem os regulamentos? Os nossos regulamentos estão bem assim, servem os clubes?

Deixo este meu comentário por me parecer que a tua analise ao CNV 09 carece de algum conhecimento de causa.

Um abraço
Nuno Botelho

Anónimo disse...

Isto é assim estamos sempre a aprender.
E eu se fosse a ti Carlos,pensava melhor nos comentários que fazes,porque realmente ,o que parece é que gostas muito de dizer mal ,sem saberes muito bem o que se passa.
Mas ainda bem que pelo menos neste assunto o Botelho te veio elucidar.
Só é pena não te elucidarem sobre todas as barbaridades que costumas dizer.

Super disse...

Não vou entrar em divagações sobre o tema porque infelizmente o meu tempo anda muito curto e, por isso, não acompanho como queria e gosto o que se passa nos bastidores do Remo.
1º reparo. Se acham que digo mal por alertar e divulgar os actos de uma Direcção ilegal que usa e abusa da posição dominante, então vão ter que aguentar pois não me calam com facilidade.
2º reparo. Tenho muita estima e amizade pelo Nuno Botelho mas embora o alerta dele esteja correctissimo, existe uma coisa que é a hierarquização das leis. E uma lei da República sobrepõe-se a qualquer estatutos. Portanto, neste caso, sem menosprezo ou desrespeito pelo que dizem os estatutos da FPR e que só servem quando dá jeito (para alguns) a lei obriga à responsabilização por parte da organização pelos danos sofridos pelos utentes. No entanto, como felizmente temos juristas e pessoas da lei a acompanhar este espaço, deixo aqui um repto à sua expressão.
3º reparo. Penitencio-me por, actualmente, em determinadas matérias, não ir mais a fundo na obtenção da confirmação das informações que recebo. Mas como é aqui que venho "desabafar" o que me vai na alma, não me preocupa o que pensem acerca da muita ou pouca credibilidade que achem que transmito. Como várias vezes tenho dito, isto é um espaço pessoal e de opinião pessoal. Quem não gosta, não lê.

Anónimo disse...

E o Júri fez apurou as responsabilidades, ouvindo as equipas implicadas e elaborando um processo verbal de acidente transmitindo-o à F.P.R?

E do incidente com um 2x que esabarrou nas bóias que só começam aos 1000 metros e que por isso ficou impossibilitado de disputar a prova em que vinha?

Nme sequer se dirigiu à tripulação, tal como a equipa de socorro que ficou impávida e serena como se nada tivesse acontecido.

É este o remo que queremos?

É esta a qualidade e o rigor organizativo que a FPR se exige quando exige mundos e fundos aos outros?

Anónimo disse...

Caros,

Por acaso isto é mais do mesmo. Ilegalidades atrás de ilegalidades e os clubes a pactuar com isto tudo por amor ao remo (ou será ao parcos euros que a F. P. Remo dá como prestçâo no ranking nacional.
Por acaso já repararam que esta Federação nos últimos anos tem recebido verbas avultadas do poder público e têm-nas usado a seu belo prazer sem benefeciar em nada o remo? E continuámos nós pessoas do remo a apostar na besta errada (quero dizer alguns[os que se vendem] porque já há muito boa gente que abriu os olhos). Parafraseando um excerto da Biblia: - Cego é aquele que vê e finge que não vê...

Abraço