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Na passada semana a FPR fez chegar aos clubes do Porto a circular nº 531 sobre "Segurança no Rio Douro".
Esta circular remetia para uma carta da Capitania do Porto do Douro, da Policia Marítima e referia o perigo da prática do Remo à noite e/ou sem sinalização luminosa assim como o deficiente apetrechamento das (poucas) embarcações de apoio.
É um alerta pertinente e sempre oportuno que resultou de um incidente com uma atleta do CDUP e que foi motivo de flash noticioso no jornal "Correio da Manhã".
Foi um incidente mas poderia ter sido um acidente.
As razões deste incidente são comuns a todos os clubes que se confrontam com a irresponsabilidade e incumprimento das regras de circulação dos barcos-rebelo e de todos os outros que usam o rio para exploração comercial turística e mesmo de lazer.
Durante o treino, um "Rebelo" passou a "todo o gás" perto da atleta e fez com que ela virasse. Como se nada se tivesse acontecido, continuou o seu percurso, mesmo tendo visto que tinha provocado e não prestando socorro apesar dos turistas terem alertado. Na volta do circuito voltou a cruzar-se com a atleta e continuou o seu caminho. E outros "Rebelos" passaram por ela nos seus cruzeiros como se nada tivesse passado. Como a jovem não queria encostar nas pedras foi-se deixando ir com a corrente até que um grupo de pescadores a viu e chamou a Policia Marítima.
A atleta do CDUP foi socorrida pela lancha da Policia Marítima em frente ao Cais de Gaia já pela noite dentro (pelas 22:00) depois de estar cerca de uma hora agarrada ao barco em que treinava. Caso isso não tivesse acontecido teria acabado o treino ao final da tarde, ainda de dia. Alias, é nesta altura em que se pode treinar com alguma segurança.
Isto não desculpa nem pretende desresponsabilizar o CDUP. Pelo contrário.
Quando assumi as actuais responsabilidades no clube e vi os perigos que os atletas estavam sujeitos por uma culpa que não pode ser assacada ao CDUP, co-responsabilizei através de carta a Autarquia, nomeadamente o Sr. Presidente da CMG, a GaiaPolis e o Presidente da Assembleia Municipal.
O clube está localizado num local perigoso. As condições de acesso à agua são um perigo constante para os atletas e embarcações, já com diversos acidentes registados.
O tráfego marítimo é um perigo constante para todos, com queixas e processos judiciais por parte de alguns clubes contra as empresas turísticas pelos prejuízos causados.
O posto náutico provisório continua provisório desde 2002.
As promessas nos jornais foram feitas, mas desde Fevereiro de 2009 (dia 14) que aguardo uma chamada telefónica para ver pormenores técnicos ("...até ao final do mês de Fevereiro, por causa dos projectos QREN"...) e visitar outros clubes de Remo.
Até à data, nem os proprietários do terreno que se propunham disponibilizar ao CDUP foram ouvidos ou achados.
Mas os pedidos de audiência continuam porque desistir é próprio dos fracos....