A ASSEMBLEIA DA MUDANÇA

Parece que afinal acabei mesmo por ser um problema. Só que não fui descartado, como aconteceu com os 5 árbitros da APAR.
A Assembleia Geral que teve lugar na terra do sempre ausente Presidente da Mesa da AG foi pródiga em boas notícias.
Ficamos a saber em primeira mão que o actual vidente e guia espiritual do Remo nacional não se vai recandidatar, que vão ser marcadas eleições para Março e que afinal esta Equipa Técnica Nacional não é tão boa como dizia. Segundo palavras do ainda Presidente em exercício da FPR estava na calha a contratação de um técnico estrangeiro.
Mas a história não começa aqui. O famoso “voto de confiança” que, segundo o presidente da FPR estava apadrinhado pelo amigo Dias e que já muitas Federações tinham utilizado, foi contestado através de um requerimento à mesa que pedia a sua retirada da ordem de trabalhos e marcação de eleições para reposição da legalidade.
Ficou assim claro que esta Direcção está ilegal desde 30 de Setembro pelo que os Regulamentos e decisões tomadas desde essa data não tem carácter legal, ficando em gestão corrente. Se havia duvidas quanto à legalidade desta Direcção, agora ficaram dissipadas.
O Requerimento foi aprovado por 56% dos votos presentes, correspondente a 9 dos 16 delegados validados, sendo interpretado pela Direcção como a não aceitação do voto de confiança e assim a sua destituição.
O ponto seguinte (aprovação do Orçamento) deixou de ter sentido para o líder federativo que se isentou de o defender, deixando para quem vier a seguir o seu cumprimento, cumprindo-se apenas a obrigatoriedade legal de apresentação ao IDP.
Referiu que depois disto ia ser obrigado a despedir treinadores nacionais, não iria fechar contratos chorudos (o termo é meu) e que estava cansado de se sacrificar pelo Remo pelo iria descansar dois anos mais cedo do que previa.
Ficamos também a saber que para esta Direcção a ratificação era apenas uma figura de estilo pois não tinha reflexos práticos. O que a Direcção decidia é que estava correcto. Segundo o presidente, a ratificação servia para a AG tomar conhecimento das suas decisões.
Assim tinha acontecido com um clube que foi aceite pela Direcção e que foi incluído no documento a aprovar sem ser ratificado pela AG.
Como nota final, constou-me que um delegado de um clube do “contra” que chegou depois da hora de início da sessão lhe foi barrada a entrada na sala. Só o deixaram entrar quase no fim da sessão de trabalho e depois das votações. Com efeito, vi-o entrar mas não sabia do antecedente. É uma situação a confirmar.
Agora falta saber o buraco em que o Remo está metido. Na ultima apresentação do Relatório e Contas o deficit era superior a 400 mil euros e parece que o Europeu ajudou a crescer. Aguardemos.