Antes de qualquer comentário, os PARABÉNS à Canoagem pelo brilhante desempenho que está a ter em Londres, extensível a toda a comitiva Olímpica superiormente gerida pelo Chefe da missão olímpica, Mário Miguel Santos.
O assunto não é propriamente os resultados alcançados pelos atletas Lusos mas sim o exemplo que a FPC pode trazer para o Remo.
Fazendo um pouco de história, a Canoagem é praticada em Portugal com alguma organização desde os anos 30 mas é em 1979 que é criada em Vila do Conde a Federação Portuguesa de Canoagem, onde o CDUP foi um dos clubes fundadores. A crise directiva que atravessou o final da década de 90, com deficiências de gestão, guerra de clubes e de Poder, dívidas a fornecedores e muitos outros casos bastante discutidos na época fizeram com que a Federação estivesse em risco de desaparecer, tendo inclusive, visto o Estatuto de Utilidade Pública suspenso.
Uma revolução interna fez com que a anterior Direcção liderada pelo presidente do CN Crestuma, José Cunha desse lugar a gente nova, com outra visão da modalidade a qual contou com a brilhante participação do José Garcia em Barcelona 92 e deu um impulso na modalidade, tendo em 2005 a presidência sido entregue a Mário Santos, um ex-atleta e sócio do CDUP, assumisse a Direcção da Federação e traçado objectivos claros e aceites por todos os agentes da modalidade.
Uma aposta ganha já que a Federação aumentou exponencialmente o numero de clubes e de atletas, com muito menos recursos financeiros que a maioria das congéneres e culminado com a conquista da medalha de prata nestes JO.
Esta retrospectiva permite fazer a comparação entre o actual estado da Federação de Remo e a de Canoagem.
O Remo encontra-se ainda pior que a Canoagem nos finais dos anos 90. Dividas, processos em tribunal, suspeitas de Gestão danosa, a modalidade dividida e sem um rumo, os principais agentes de costas voltadas para esta Direcção e o risco de insolvência a pairar sobre a FPR.
Neste próximo Sábado, dia 11-08 pelas 10:00 horas decorrerá uma AG extraordinária em Soure convocada pela maioria dos delegados dos clubes com Remo.
Além de ser uma oportunidade de ouro para "arrumar" definitivamente a casa, é igualmente uma via para tirar proveito externo do que a náutica alcançou nestes Jogos.
Os delegados foram convidados a aproveitar esta oportunidade única para mudar o estado de sitio da modalidade.
É claro e confirmado que o NQL já andou a fazer chamadas e convites aos delegados dos clubes-fantasma para lhe segurarem "as pontas", daí a importância dos VERDADEIROS clubes, Treinadores e Atletas marcarem presença nesta AG e mostrarem o seu desagrado.
As semelhanças com a Canoagem são muitas. O que devemos fazer é seguir o seu bom exemplo.
E como é mote na nossa modalidade, devemos remar todos para o mesmo lado e em sintonia.
Afinal é o futuro que está em jogo e o pedido de insolvência a sair no dia 22-8 deve ser motivo de reflexão e união.
Esperemos que todos os que gostam do Remo marquem presença e se unam neste desafio.