UNLUCKY

Fazendo um pouco de analogia com o Futebol, enquanto os nossos melhores representantes (2XLM) participavam na III Taça do Mundo, ou seja, na Taça dos Campeões, o CDUP participava na Liga Europa para Masters. E, à semelhança do futebol, o CDUP esteve ao nível dos clubes que jogam para a Europa, com boas prestações mas na hora da verdade, um imponderável qualquer mandava as equipas para casa. Ou era o arbitro, ou um fora de jogo (pista), ou um penalti mal marcado, tudo acontecia para que a triste sina portuguesa se mantivesse nesta nossa deslocação a Henley.
Com esta introdução, não quer dizer que o CDUP não estivesse à altura das suas responsabilidades. Realizou boas regatas, muito bem disputadas, com indefinição até ao fim, mas houve sempre qualquer coisa que não deixou fazer mais. E essa qualquer coisa começa pelo nosso fraco Remo e pela forma como o encaramos. Na hora da verdade, pagamos essa inexperiência, em especial num tipo provas como este em que só existe um vencedor. É o famoso “mata-mata”. Ou se ganha, ou morre.
E os resultados é que ficam para a história e essa só costuma falar dos vencedores.Começando pela 1ª tripulação a entrar em prova, o C4-M composto pelo Carlos Bettencourt, Luis Faria, Sérgio Bastos e Fernando Lima, após ter ficado para trás na largada, uma característica de todas as tripulações lusas, recuperou a posição e a meio da prova já trazia um barco na frente. Antes desta vantagem, o Tyrian Club veio para as aguas do CDUP, com um aviso do arbitro. No acerto do leme, é a vez do CDUP fugir ligeiramente da sua pista com uma advertência do arbitro. Depois de estar à frente, o vento e um toque de agua fizeram o barco fugir ligeiramente do rumo, motivo suficiente para o arbitro desclassificar o CDUP por pensar (presumo) que iríamos “dar aguas” ao adversário. Uma saída inglória pois esta tripulação estava claramente à altura de discutir a vitória final.
A tripulação seguinte a mostrar o seu valor foi o D2XM constituído pelo Paulo Cunha e João Menezes. Uma forte largada dos americanos do Saratoga Springs deu-lhes um barco de vantagem, o suficiente para o CDUP não conseguir recuperar e acabando por perder por cerca de 2 barcos, mas sempre em constante pressão sobre o adversário.
O B2-M (Filipe Pereira; Nuno Zeferino) foi a estrela da jornada. Nos quartos de final contou com a desistência da equipa de Oxford e nas meias finais eliminou a forte tripulação do RV Treviries Trier por pouco mais de barco e meio, numa prova irrepreensível, vindo de trás para a frente durante toda a prova.
Na final com os alemães do Vesta RC, fizeram uma prova ao nível da meia final e, quando se aproximavam da zona de todas as decisões, estando praticamente em cima do adversário e apresentando melhor frescura, um toque de agua e a falta de referência na pista fizeram com que o leme fugisse ligeiramente para os postes, batendo neles e perdendo a possibilidade de lutar pela vitória. Outra saída inglória de uma tripulação do CDUP.
A prova de C8+M, composta pelos atletas já referidos e com o Lino Monteiro (RCFP) às cordas foi a repetição da edição anterior. O CDUP bateu-se no apuramento para as meias finais com a equipa de Marlow RC perdendo por menos de meio barco, após uma prova renhidíssima e com indefinição do vencedor até ao final.
Na final o Marlow perde para os alemães do ARC Muenster por igual diferença, tal como na edição do ano passado.
Um fim de semana para aprender e ver remo a sério. Mesmo com tripulações de veteranos. É claro que entre estes estavam muitos ex-campeões do mundo e olímpicos, mas isso já é outro assunto.