segunda-feira, agosto 13, 2007

Quem não olha para tras....

Estava nas minhas divagações pela Net á procura de matéria de trabalho quando, para meu espanto, me surge um artigo assinado pelo nosso actual Presidente da FPR.
Qualquer semelhança com a realidade será o quê??

Transcrevo o artigo:

fevereiro 05, 2004
Campeonato Nacional de Remo Indoor - Comentário de Rascão Marques
Começo este meu comentário sobre o Campeonato Nacional de Remo Indoor realizado no passado dia 31 de Janeiro de 2004, com uma apreciação ao modo como ele decorreu, e ao mesmo tempo, com algumas considerações sobre o campeonato em si, e as alterações que na minha opinião ele deveria sofrer.
Começando pelo campeonato de sábado passado, começarei por dizer que para mim foi uma desilusão, porque a meu ver demos um passo atrás no que à organização diz respeito.
Em termos de horário foi perfeito, o staff organizativo correspondeu positivamente, mas houve situações que falharam redondamente, precisamente por não existirem.
Porque é que não houve durante as diversas provas, e nos diversos ergómetros, informações aos atletas sobre a maneira como elas decorriam, as suas classificações, os metros que levavam de avanço ou de atraso em relação aos seus adversários?
Onde estava a informação ao público que assistia na bancada?
O campeonato mais parecia um vulgar teste de ergómetro em que só o atleta e o seu treinador sabiam o que se estava a passar.
Porquê obrigar os atletas, de cada vez que se tinham de dirigir para a zona de entrada de acesso às diversas provas, a terem de passar pelo exterior do pavilhão, com o tempo chuvoso que se registava, obrigando-os a suportar temperaturas diferentes às que tinham dentro do pavilhão? Para já não falar que tinham de passar pelos balneários.
Porquê só se ter dignificado os vencedores das finalíssimas, e não todos os outros que venceram a prova da sua categoria? Será que foi digno mandar os delegados dos clubes buscar as medalhas e serem eles a fazerem a entrega das mesmas aos seus atletas? Não era esta prova um Campeonato Nacional do calendário da FPR? Não mereciam todos os vencedores o direito de serem vitoriados pelo público assistente?
Onde estavam os directores da F.P.R. na entrega de prémios? Será que essa função pertencia só ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral?
Penso que foram muitas falhas para intitularmos este campeonato, como um bom campeonato. O Clube Galitos de Aveiro, já organizou em 1995 um outro campeonato indoor, e lembro-me bem, que foi muito mais bem organizado que este . Foi mesmo um dos melhores. Para um clube que cumpre agora 100 anos, não foi muito gratificante esta organização.
Haverá com certeza motivos, para tantas falhas de organização, que todos nós gostaríamos de conhecer.
Pergunto, de quem é a responsabilidade disto tudo? A Direcção da F.P.R. tinha conhecimento de que estas situações iam acontecer? Se não tinha, não deveria ter acompanhado todo o processo de organização do campeonato, dado que este faz parte do calendário nacional de provas , no qual todas as provas com carácter de campeonato nacional, o principal responsável da sua organização é a F.P.R., mesmo que esta tenha sido delegada num clube ou associação? Esperemos que no futuro estas situações não se voltem a repetir, para bem do remo nacional.
Penso que quanto à essência deste tipo de campeonato, dever-se-iam proceder a diversas alterações no seu regulamento.
Sendo uma prova do calendário nacional da F.P.R., acho que os escalões etários deveriam ser os mesmos a que os atletas são obrigados nas provas de água; não é justo para nenhum remador, de um qualquer escalão, correr com outro de escalão superior, só porque à data do campeonato a sua idade permitia isso. Todos sabemos que na maior parte dos casos isso influencia a classificação final. E não me venham dizer que o actual sistema existe porque internacionalmente é assim, porque isso não é razão suficiente. Todos sabemos que os campeonatos de ergómetros são importantes para a modalidade, mas também sabemos que o seu aparecimento surge, como um forma da Concept vender mais aparelhos, criando estas provas como uma forma de massificação de uma variante da nossa modalidade, com objectivos de recordes de tempos, enfim um show off para o qual os atletas que têm como objectivo o remo no verdadeira termo da palavra, não têm que se sujeitar. Daí o pensar que as idades devem ser as mesmas das outras provas. E não nos esqueçamos que o grande número de atletas participantes vêm de clubes de remo.
Também sou contra as provas para os escalões benjamins, infantis e iniciados (dos 6 aos 13 anos). Há diversos aspectos físicos e psicológicos nestas provas que os atletas daquelas idades não conseguem controlar, tornando-as muito perigosas. Chega a ser cruel, ver o esforço que muitos destes atletas fazem para terminar a sua prova. Eu sei que há excepções, mas são raras. Também sei que haverá pessoas que dirão que esse é um problema dos treinadores dos clubes e que a responsabilidade é deles. Mas eu responderei, que às vezes é preciso combater a campeonite a tudo o custo. Para isso é que existem organismos superiores com funções de controle e fiscalização. Assim, sugiro que no futuro estas categorias ou idades saiam do programa deste campeonato.
Quanto aos resultados em si, não vou individualizar nenhum, direi apenas que houve muitas provas interessantes, algumas surpresas, muitos atletas da categoria masters a fazerem melhores tempos do que alguns atletas mais novos, ditos de competição, e saudar todos os atletas que malgrado todas as falhas de organização deram o seu melhor. Parabéns também a todos os vencedores.
A todos bem hajam.
Rascão Marques
Coimbra, 01-02-04.

1 comentário:

Unknown disse...

É só rir!
quem lhes escreve estes textos,pelo bom humor deve ser das produções ficticias:)