O Presidente e o "precidente"

São estas coisas que distinguem os Homens dos homenzinhos.
Enquanto numa associação como a de Atletismo, um erro administrativo é assumido pelo seu Presidente com a renuncia ao cargo, na FPR fazem-se jogadas para perpetuar o Poder, apesar dos inúmeros falhanços de toda a ordem que são cometidos.
Em vésperas de AG, cuja data ainda não está marcada mas que será praticamente certa em cima de um Campeonato Nacional, à semelhança da AG de aprovação de contas do ano passado, e assim afastar muitos dos delegados dos clubes que remam, as jogadas de bastidores para fazer passar as contas descontroladas desta gestão já se fazem sentir.
Começam com a distribuição dos lugares de delegados de clubes, a atribuir delegados a torto e a direito aos clubes que não tem direito a eles até à “eliminação” de delegados representantes das associações de classe.
O caso em apreço, embora ainda não confirmado oficialmente, prende-se com o delegado vencedor da eleição para representante de treinadores que, após ter sido aceite como candidato pela FPR, tendo ganho nas urnas ao candidato do “regime”, foi excluído “porque não tinha a inscrição regularizada”, isto é, ainda não tinha pago os 25 euros da inscrição. Ora, se não estava em conformidade, a FPR não o deveria ter aceite como candidato. Mas aceitou na expectativa de que o seu candidato vencesse. O que torna este caso mais caricato é que uma boa parte dos votantes também não tinham a situação regularizada. Aguarda-se agora para ver se se confirma esta decisão ou será mais uma alegre tropelia a que estamos habituados.
Quanto aos clubes, o caso mais gritante relaciona-se com um clube que iria ser ratificada a sua admissão nesta AG e já tem dois delegados, para não falar de todos os outros que, segundo o Regulamento eleitoral (artº 20, nº 5), ficaram abaixo da 15ª posição do Ranking mas que o benévolo do nosso presidente brindou com mais um delegado.
Para não falar de clubes que se extinguiram (CIM) e que mantém um delegado ou outros que, apesar de terem pontuado, nem na lista aparecem, como o Praia de Mira ou o GCN Faro.
Diz a “vox populi” que cada um tem o que merece. Será verdade?
Aguardemos para ver como param as modas.