sexta-feira, agosto 16, 2019

O Pardal dos ovos mexidos


Esta guerra dos motoristas em que o Governo tomou partido, com atitudes que se podem dizer a roçar o autoritarismo dos países de índole socialista/comunista, teve no dirigente Pardal o seu maior expoente ao servir de bode expiatório para aquilo que era uma das preocupações do Executivo. Não deixar arrefecer o consumo dos combustíveis, a galinha dos ovos de ouro deste Governo.

E, por sinal, foi conseguido. Com guerras de alecrim e manjerona entre o representante do PS pelo lado da ANTRAM e o Pardal que queria ser ave de rapina pelo lado dos trabalhadores.

Uma guerra de surdos, onde cada um NÃO expunha as suas verdadeiras razões, mas permitia alimentar a polémica e deixar que os verdadeiros assuntos de Estado ficassem à margem do Zé Povinho. E foram muitos assuntos que a pseudo Oposição deixou passar em claro. Desde os incêndios que não tinham combustível para alimentar os pasquins até às ameaças de greve dos trabalhadores da Ryanair ou dos técnicos e Conservadores dos Registros e Notariado, para não falar da falta de médicos nos serviços de Obstetrícia, no Algarve.

O importante era vender uma imagem de um governo forte (com os fracos) e trabalhar para alimentar as urnas com a cruzinha na putativa maioria.

O Pardal foi um apanhado na armadilha. A tática usada nos bastidores de dividir para reinar deu os seus frutos e este sindicato ficou a falar sozinho. Ao povinho não faltou o ouro negro e o chefe da banda deixou uma imagem de liderança e preocupação com o bem estar dos néscios.

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