quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Uma no cravo, outra na ferradura

Estamos a dois dias da mudança. Finalmente.
É que o caminho que as coisas levam originam para o exterior o (cada vez maior) descrédito da modalidade.
Sou um apaixonado pelo Remo assim como sou pela verdade e por aquilo que acredito. E como sou assim, por vezes demoro a alcançar os objectivos a que me proponho. Mas uma coisa é certa. Durmo descansado e de consciência tranquila.
O mesmo não se poderá dizer do actual presidente da FPR. Mente, é falso e perigoso. São estas características que me revoltam e me fazem ser tão acutilante na defesa da sua mudança.
Uma pessoa que não olha a meios para atingir os seus fins deve ser afastada de cargos de responsabilidade. Deve ser denunciada. Querer o poder pelo poder é uma atitude ditatorial e condenável. E é isso que se está a passar nesta fase da campanha.
Não vou escalpelizar todas as atrocidades que foram cometidas ao remo desde que me vi confrontado com estas coisas do dirigismo. Expulsão e falta de respeito pelos atletas, anulação de provas sem o cumprimento dos regulamentos, processos sumários, perseguição a clubes, compadrio politico, falta de dialogo, má gestão são algumas das muitas queixas que o remo português pode atribuir ao actual presidente.
Agora foi a marcação do Encontro de Veteranos para o dia 22-03. Como se os clubes estivessem preparados para isso. Não se percebe porque é que a mesma diligência não se verificou para o nacional de Fundo, essa sim, uma prova a preservar e a acarinhar. Que mais não fosse pelo respeito pelo patrocinador. A Gaianima dá o graveto mas isso não interessa nada....
A FPR, contrariamente a muitos factos e actos de gestão recentes, foi diligente a emitir uma explicação dos factos ocorridos em Montemor. Mas estas explicações só vingam em quem não lá esteve. Embora a história esteja bem encadeada, os factos não foram propriamente assim pelo que, mais uma vez se tenta deturpar a verdade.
É óbvio que havia condições para se realizar a prova. Mas também é óbvio que as condições que a FPR impõe aos clubes estavam longe de estar satisfeitas. Os árbitros, num direito que lhes assiste enunciaram as falhas na organização, e eram muitas, e face à "legalidade" que o presidente impõe para determinadas situações seria de esperar que sofresse do mesmo veneno. O CDUP, assim como o RCFP, contrariamente ao que são acusados afirmaram que participariam se estivessem reunidas as condições de segurança. O Sr. Bispo meteu os pés pelas mãos nas explicações e afirmou que se conseguiria cumprir o programa mas não assumiu a responsabilidade pela segurança dos atletas e participantes.
Mas as atitudes discricionárias e que merecem total repudio não ficam por aqui. Na mesma circular não consta o nome da ANAR nem da APAR. Desta ultima até compreendo. Por uma questão de coerência em todo o reles processo que está a utilizar para não a querer reconhecer, não a refere. Agora a ANAR? Porquê? Deixou de ser sócia da FPR? Foi banida unilateralmente? Não se percebe. Ou melhor, percebe-se mas não tem explicação. Ou até tem.
Constou-me que o Sr. Presidente fez valer os seus "conhecimentos privilegiados" e quebrou algumas regras constitucionais fazendo uma pesquisa no cadastro fiscal dos clubes e associações que ele sabe que irão votar contra e parece que detectou uma falha na ANAR. Como se tivesse esse direito ou pudesse quebrar o sigilo fiscal a seu bel prazer. Como se a sua "obrigação" não fosse pautar para que os seus associados rapidamente regularizassem a sua situação. Com o CDUP foi célere a pedir que fizesse prova da sua legalidade. Será que teve o mesmo comportamento com os apoiantes?
São estas e outras que os clubes e a ANTREMO devem meditar. Hoje são estes, amanhã serão eles. Porque nas costas dos outros vemos as nossas.
Só tenho curiosidade em saber o que move o actual presidente em querer o poleiro contra tudo e contra todos. Não devem ser interesses pessoais, digo eu....

8 comentários:

Anónimo disse...

Que o dia 21 chegue rápido e se "Devolva o Remo aos Clubes" que bem merecem!
Todos querem o Remo como ele deve ser: proporcionar a todos os atletas, treinadores, dirigentes,árbitros, apoiantes e pais aquilo que se pretende de uma modalidade desportiva; que seja saudável, com princípios de lealdade, transparência e verdade, e que permita aos nossos jovens um clima salutar e sadio para o seu desenvolvimento completo. E para isso há que ter EXEMPLOS!

Anónimo disse...

Esse traste nem merece que se diga o seu nome. Li essa circular e ve-se bem o que ele quer dizer. Diz que o CDUP e RCFP nao queriam a realizacao da prova e diz CNS,SCC e ANL queriam resolver. Ve-se porque. Entao nao sao o CDUP e RCFP que estao contra ah muito tempo? E nao sera o CNS e SCC (ANL desconheco) que vao votar no traste? So rir. So nao ve quem nao tem olhos. E se o Sr. Presidente nao esteve em Montemor como pode ele enviar uma destas circulares e assina-la!?
Ele que saia pela porta dos fundos no sabado!

Anónimo disse...

Bons exemplos! Exemplos de dignidade, ética e respeito. Coisa que, como se tem visto, escasseia na equipa directiva da Federação e dos seus acólitos, que procura, a todo custo, assegurar a "continuidade". Porque será? O que haverá de tão vital a salvaguardar que leve uma pessoa a actos dignos de uma ditadura sul-americana dos anos 70 do século passado?
A partir de segunda-feira, tudo isso terá que ser bem investigado. Que o seja, sem dó nem piedade! Para desta comunidade que o remo português.

Anónimo disse...

A questão não é o clube X ou o clube Y apoiar este traste! Cada um saberá com que linhas se cose e em que medida é que pretende ficar ligado a este “acidente” do remo nacional. A verdadeira questão, aquele que efectivamente releva, é este traste sem escrúpulos achar que tem a menor legitimidade moral para dizer o que diz sobre os árbitros, armar-se em bom samaritano e até "oferecer" o pagamento da deslocação aos clubes. Oferecer o que, afinal, não vai ser ele a pagar.

Ele que vá "passar a mão pelo pêlo" àqueles que tem andado a bajular neste quatro anos. O Remo, o verdadeiro Remo e não aquele que ele foi inventando ao ritmo dos clubes fantasmas que foi criando com a ajuda expedita dos poderes de Soure e do Pocinho, só o quer ver pelas costas.

Xó Rascas, Xó Belzebu!

Anónimo disse...

Como se pode insinuar que o RCFP não queria a realização do CN Veteranos?? Por acaso não estava presente no dia e hora marcada com todos os seus atletas e barcos para participar no dito campeonato? Se alguém falhou, foi a FPR que não reuniu as mínimas para que a prova se realizasse.

Anónimo disse...

O medo desse senhor é de voltar ao serviço de finanças de onde é proveniente e deixar de andar na "alta roda" da Capital. Por muito que queira ajudar a modalidade, uma coisa é certa: não quer respeitar a verdade democrática, nem que para isso tenha de perseguir todos aqueles que com ele não concordam. Hoje é a uns, amanhã tocará a outros....a mudança impõe-se!

Anónimo disse...

Esperemos que seja efectivamente uma mudança!!

Anónimo disse...

Leiam a comunicação do João Oliveira, o Presidente do Futuro:

A todos os clubes e associações do Remo Português

O Remo português está prestes a escolher os seus dirigentes federativos para o próximo quadriénio.
A assembleia eleitoral de amanhã consignará sem margem para dúvidas a possibilidade de Devolver o Remo aos Clubes.
Os elementos da lista que me orgulho de liderar candidatam-se porque são do Remo, gostam do Remo e querem contribuir para proporcionar a cada vez mais gente um Remo que desenvolve física e psicologicamente e fortalece o colectivismo, e para conferir à modalidade nível competitivo e dignidade representativa.
A identificação da lista “Devolver o Remo aos Clubes” com o Remo ficou patente de norte a sul do país em inúmeros contactos que estabelecemos a propósito destas eleições.
Foi extremamente gratificante constatar que as nossas propostas, resultantes de uma profunda ligação à modalidade por parte da “tripulação” que constituímos, são amplamente consensuais entre os clubes e agentes individuais do nosso desporto.
O nosso assunto foi sempre o Remo e só o Remo.
O manobrismo, o tráfico de influências, a troca de votos por promessas de lugares, a manipulação e o enviesamento das normas não são nossas especialidades.
Amanhã, na Figueira da Foz, o Remo afirmará claramente que pretende progredir, que distingue quem o serve de quem dele se serve, que prefere fazer-se acompanhar por quem tem cultura desportiva e conhece os princípios e finalidades do movimento desportivo e do associativismo.
Uma numerosa e convicta participação dos clubes e associações de atletas, treinadores e árbitros na Assembleia-Geral de amanhã garantirá que o Remo vai ser devolvido ao Remo.

João Oliveira