Embora o balanço possa ser considerado positivo, não se pode dizer que tenha deixado saudades a deslocação a Coimbra.
A realização desta regata ficou marcada pela decisão controversa e discutível que o Juri da Arbitragem teve ao cancelar as ultimas regatas do programa matinal.
A decisão foi tomada com base no frio que os miúdos tinham na zona da largada. É certo que Sº Pedro não foi amigo da organização, com a chuva que se foi pondo ao longo da manhã e o vento que se levantou da parte da tarde mas o atraso expectável que as várias mangas foram tendo, fez com que por volta das 12:00 as provas já levassem um atraso de cerca de uma hora.
Ora como os jovens estavam a ir para a largada com 15 a 30 minutos de antecedência sobre a hora marcada, aquele local ficou sobrelotado, ficando os miúdos sujeitos à intempérie, alguns apenas em maillot ou camisola cabeada. Os mais frágeis começaram a ter problemas de frio e os juízes decidiram que não havia condições de segurança para continuar as provas. Foi pena, tanto mais que estavam reunidas condições na organização que poderiam ter minorado este sofrimento para os miúdos, tal como informar ao som o atraso das provas e assim evitar que eles estivessem mais de uma hora à espera da sua vez de participar. Os que não participaram sentiram-se tristes e desolados.
Mas o dia já não tinha começado bem para o CDUP. Um contratempo na viagem levou a que o atrelado chegasse em cima da hora e pôs em risco a participação da Mariana e da Inês. Mal tiveram tempo de aquecer e logo que chegaram à largada tiveram que medir forças com a concorrência, em especial a espanhola. A Mariana alcançou o 5ª lugar da geral enquanto a Inês albarruou um 1X da AAC que descia muito junto da pista 1, tendo inclusive danificado o seu barco e ficado na 18ª e ultima posição.
No 1XM Juvenil, o Francisco tem vindo a melhorar a sua prestação mas numa prova com estas caracteristicas o melhor que conseguiu foi o 17º lugar em 29 inscritos.
Já o 2XM Juvenil teve problemas com o rumo e andou a "dançar" entre as pistas. Na sua primeira participação em regatas, a dupla Francisco Silva / Manuel Lencastre mostrou a sua inexperiência ao não conseguir fazer um rumo correcto. O 15º lugar em 21 inscritos é resultado disso mesmo.
A Patrícia Conceição em 1XF Infantil era outra das minhas apostas. Uma atleta de elevado valor que tem dificuldade em pô-lo em prática. Depois do nervosismo da primeira experiência na "25 de Abril", desta vez alegou que não alinhou porque ficou presa numa corda na zona da largada. Foi pena, pois tem capacidade para andar nos lugares mais altos.
O 2XF Inic. e o 1XF Inic. foram dos que estiveram na zona da largada a aguardar a sua vez, não tendo tido possibilidades de brilhar. Já o 1XM Inic. nem para a água foi.
Na sessão da tarde, os objectivos foram amplamente cumpridos. A expectativa era levar todas as tripulações às finais A e foi alcançado. As maiores surpresas vieram do 2XM com os juniores Sérgio e Daniel a passar com inteiro mérito e do 4XM com uma tripulação feita na hora e a surpreender tudo e todos.
O 4-M passou com relativa facilidade à final mas uma avaria no leme na véspera da largada não o deixou fazer a prova tendo estado, inclusive, em risco de albaroar a tripulação do Fabril logo após as primeiras remadas.
O 8+M misto reforçado com o Luís Esteves do ARCO e do Vítor Santos e Pedro Almeida do PCale fez uma eliminatória confortável, obtendo a 3ª posição mas numa final muito renhida, a falta de conjunto não permitiu melhor que a 8ª posição, a pouco mais de um barco do vencedor, a AAC.
Como se costuma dizer, quanto maior o barco, maior a tormenta. A Organização conseguiu fazer desta a maior regata feita em território nacional. Apresentou condições para fazer com que seja igualmente a melhor. Desde a pista balizada até às condições de recepção dos clubes e atletas.
Esperemos pela edição do próximo ano.
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