segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Remo de Mar na Descida da Ria

Embora o dia estivesse de sol, o vento, caracteristica do micro-clima da região das secas de bacalhau que são as Gafanhas e Costa Nova, esteve presente e com ele uma Ria que mais parecia um mar.
Ainda assim, a organização decidiu levar avante a XXV Descida da Ria e, para os remadores foi tudo menos seca. Pelo menos banhos não faltaram, pela quantidade de barcos que afundaram. Nem a redução da distância da prova foi suficiente, pois a luta contra o vento e as vagas foi uma constante em todo o trajecto.
Os resultados acabaram por não reflectir o valor e o esforço das equipas, mas sim a capacidade e a sorte para chegar ao fim.
No sorteio para atribuição de pistas, ao CDUP calharam as pistas de fora, isto é, as mais sujeitas ao vento e às ondas.
O CDUP afundou as duas tripulações, e nem o facto de estarem habituados a remar junto ao mar foi suficiente. A equipa do 4XF afundou depois de cortar a linha de chegada e o 8+M ficou a 50 metros da chegada. Foi mesmo o que se chama "Morrer na praia". Foi daqueles resultados que "doeram" pois vinha com muito bom tempo e bom deslize. Umas ondas traiçoeiras na zona de chegada foram suficientes para estragar todo o esforço e deitar tudo a perder com a meta à vista, quando tinham o seu adversário directo a mais de 500m de distância. O 4XF andou "perdido" no rio, o vento forçou um péssimo rumo, mas as raparigas conseguiram chegar com o barco à linha de chegada e, de seguida, a agua mandou-as ao fundo. Valeu o público assistente e as "adversárias" que as ajudaram a sair da água. E foi pena pois fizeram um excelente início de regata, deixando logo as adversárias para trás e em luta directa com o CNIDH, que acabou por ser a vencedora, seguida da tripulação do CDUP.
Nas restantes equipas, foram vários os atletas transportados pelas ambulâncias de serviço, com hipotermia. Outras tripulações pararam a meio da prova para tirar agua e ainda assim classificaram-se.
Uma aventura de Remo de mar em barcos de Remo olímpico.
Para a historia ficam os vencedores e eles foram:
8+M Absoluto
1º - RCFP / 2º - MIÑO / 3º - GALITOS
4XF Absoluto
1º - CNIDH / 2º - CERVEIRA / 3º - SCC
8+M Juvenil
1º - GALITOS / 2º - CNIDH / 3º - CERVEIRA
4XF Juvenil
1º - CNIDH / 2º - CDUP / 3º - SPORT

6 comentários:

Estevao disse...

Já fiz uma descida da ria assim, no percurso antigo. Parámos a meio, tirámos a água do barco e seguimos. Ainda assim ficámos em 2º!!! :)

Anónimo disse...

Acho que foi um momento infeliz e irresponsável tendo em conta os atletas e o material envolvidos.

Anónimo disse...

Seria interessante começar a pensar-se fazer esta tradicional descida na vertente remo de mar.

Tal como fazem os franceses no sul de França. Com barcos adequados é mais seguro e tão ou mais espectacular.

Independentemente disso, seria interessante criar-se um circuito nacional de remo de mar. Locais para o efeito não faltam de norte a sul, alguns com forte potencial de assistência e seria uma óptima forma de divulgar, promover e até dar sustentabilidade a nossa modalidade vista como um todo.

Esta era, aliás, uma das propostas da lista vencida (!) nas últimas eleições federativas.

Abraço,

Álvaro Branco

Anónimo disse...

Uns aprovam contas sem passivos e por unanimidade.
Vamos ver o que nos toca ...
http://www.fpcanoagem.pt/Press/Not%C3%ADcias/tabid/439/Default.aspx

Anónimo disse...

Unanimidade é coisa que não vai haver. Isso é certo. Com o remo nacional esquartejado como anda!

Quanto a passivo, uuuiiiii!

Anónimo disse...

O remo de mar é uma vertente em evolução no mundo inteiro ( na parte que tem costa e mar). Mas tal como o remo universitário, para o (nosso?)presidente da FPR como já ele disse a agentes internacionais da modalidade por essa Europa fora, "... não tem dimensão nem interessados no país ...". Cabe agora aos praticantes fazer prova do contrário.