A melhor forma de caracterizar uma Organização é quando não damos por ela.
Neste fim de semana vivi um ambiente de contrastes organizativos. Enquanto em AVIS participei e tive o privilégio de privar com a elite do Remo Mundial, quer na água quer no almoço e convívio que se seguiu após a 1ª Regata "Head of the Cork", a cerca de 30 Km dali, em Mora, vivi e presenciei a realidade do nosso Remo. Na primeira não falhou nada, desde os pequenos pormenores até ao desportivismo verificado numa largada simultânea de 55 embarcações e cujo desenrolar foi excepcional ao longo dos 6 Km de prova, na Regata de Mora, o primeiro grande impacto negativo foram os berros e a discussão dos Árbitros uns com os outros, se não considerar que numa regata para jovens e cujos resultados eram avaliados por tempos, estavam a perguntar como é que os cronometros funcionavam. Os cronometros não funcionaram, pelo menos devidamente, e uma boa parte dos resultados foram tirados "a olho".
A boa vontade e a capacidade de improviso típica lusa da Organização da prova de Mora conseguiu levar a água ao seu moinho e fazer uma festa para as cerca de 300 crianças presentes, e está de parabéns por isso, mas não invalida que tenha que melhorar alguns aspectos. As crianças (e não só...) praticamente não dormiram, quer pelas condições do pavilhão gimno-desportivo quer pelo frio e viram o seu esforço defraudado por uma equipa de júris que podia ter todos os nomes menos esse.
Até no desportivismo e no fair-play, valores a incutir nos mais novos, alguns dos responsáveis de clubes, mais velhos e com algumas responsabilidades, deixaram muito a desejar durante a entrega dos prémios.
De um lado, em AVIS, a presença de alguns Senhores do nosso Remo. Em Mora, alguns dos "outros". Em AVIS, os Árbitros, Júri e organização eram os "renegados e expulsos" da FPR. Em Mora, o staff era (mal) liderado pelo presidente do Conselho de Arbitragem da FPR.
As condições metereológicas estiveram fantásticas e o plano de água esteve um espelho nos dois locais.
Uma referência à pista de Mora. O local é paradisíaco e tem potencial para organizar verdadeiras festas de Remo mas a distância é curta para competições mais "a sério" e para os treinadores fazerem as suas avaliações.
Os responsáveis do novel Clube de Mora foram de uma simpatia e disponibilidade inexcedível e tudo fizeram para que esta festa fosse um sucesso. E foi, à boa maneira portuguesa.
Os resultados, quer de AVIS, quer de Mora não eram o mais importante. No entanto ambos ainda estão em viagem. Afinal o Alentejo não é aqui ao lado nem o centro do Remo português.
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segunda-feira, março 21, 2011
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