CRISE É CRISE

A crise chega a todo o lado, mas como se tem dito em pré-campanha eleitoral, é para todos (ou será que não é e eu é que ando distraído?).
E como na FPR tem que se fazer um grande esforço para colmatar os prejuízos acumulados, tem que se começar por algum lado. É claro que esta crise também irá chegar ao clubes, em especial aos que se apresentam nas provas pontuáveis para o ranking.
Como para os clubes-fantasma e para os clubes da carica e da bifana as despesas de participação são diminutas, a FPR emitiu uma circular com a tabela de Subsídios e Prémios. É tudo uma questão de igualdade. Se eles não gastam, porque é que os outros precisam de gastar?
Afinal são os clubes que tem que encontrar fontes de receita e, quantos mais atletas, mais cotas e mais apoios autárquicos, portanto menos necessidade de comparticipação central. Os pais dos meninos pagam para ver provas e desta forma a FPR faz o favor de “esfolar” algumas Câmaras e dizer aos clubes para lá irem dar “show”. O valor do dinheiro do Estado através do IDP tem outro(s) destino(s).
Desta forma, a solidariedade que esta brilhante gestão tem apresentado é intocável senão vejamos:
- Na próxima época termina a comparticipação de 2,75€ por ponto conquistado nas provas pontuáveis do Calendário Nacional;
É justo. Qual redução, qual acerto inflacionista, qual quê? Se uns não fazem pontos porque é que outros hão-de receber? Afinal são eles que suportam esta Direcção e estão a ser discriminados financeiramente. Desporto é desporto e o importante é competir.
- A alimentação está pelas horas da amargura e os apoiantes e membros desta Direcção tem que acompanhar o aumento do IVA. Assim, o subsídio de Alimentação teve um aumento de 8,3% passando de 12 para 13 Euros.
Também é justo. Afinal os clubes sempre podem passar pela churrasqueira e comprar umas bifanas e uns frangos assados para fomentar o convívio.
- O aumento dos preços da Gasolina tem sido incomportáveis para todos. A pensar nisso, a Direcção esforçou-se por manter inalterável os subsídios de deslocação aos clubes. É claro que para as viaturas ao serviço da FPR foi feito um ligeiro acerto no valor do subsidio de deslocação, isto é, no valor pago ao Km. Assim, fez um pequeno acerto de 29,7% , aumentando de 0,27€ para 0,35€.
Também é justo. O desgaste das viaturas para visitar os clubes nacionais e requisitar delegados tem que ser considerado. A vida está difícil para todos.
- Os Encontros Nacionais de Inverno e de Verão para Infantis e Iniciados deixaram de ter qualquer comparticipação.
Também é justo. Afinal qual é o paizinho que não paga para vibrar com o esforço do seu rebento? E se paga cotas e ajuda o clube é mesmo para isso. Para o clube o levar às provas.
Portanto, temos que dar aqui UM VOTO DE CONFIANÇA a esta medida de gestão que vai alavancar cada vez mais o nosso Remo.
Afinal já não paga o que deve aos clubes, árbitros e Associações à alguns anos, por isso…
Os meus Parabéns.

Ranking - Subsídios

Agora que estamos a chegar á altura da FPR nos apresentar as suas misérias, quer dizer, as suas contas importa informar o recuo que esta fez no seu apoio financeiro aos clubes. Na época anterior os clubes foram surpreendidos pela positiva com uma circular que informava do valor a "subsidiar" as prestações dos clubes nos diferentes campeonatos. Este apoio passava pelo pagamento de 3,75€ por ponto conquistado para o ranking, pelo prémio de presença que variava entre os 3€ e os 5€ conforme se tratasse de masculinos, femininos, camadas jovens ou seniores/veteranos e pelo prémio de presença dado aos clubes.

Esta época a FPR deve ter feito as contas, achou que estava a dar muito dinheiro e decidiu reduzir estes apoios. Assim reduziu 1 €uro nos pontos conquistados passando para os 2,75 € e os escalões que tinham "direito" a 5 €uros, reduziu para os 4 €.

Desta forma já conseguiu nesta época uma poupança de 4507,00 €uros apenas no critério da pontuação do ranking, para além das várias dezenas de €uros conseguidos nas inscrições dos jovens.

Se considerarmos que um clube tem que pagar 2,5 € por atleta na inscrição para as provas, verifica-se que o saldo final não passa de uma ilusão de meia dúzia de tostões, mesmo para os grandes clubes que obtêm muitos pontos. É que além deste valor a pagar pelos clubes estes tem igualmente que suportar o pagamento do 5,7 € do seguro.

Estes valores apenas se referem ás contas com a FPR, pois ainda há a considerar as despesas de deslocação dos atletas e embarcações, alimentação e alojamento para verificarmos que não é fácil a sobrevivência de um clube.

O papel da FPR no apoio aos clubes é que está deturpado. Parece que procura nestes o apoio financeiro para os eventuais erros de gestão que irão ser apresentados no próximo dia 29.

Uma coisa é certa. EXISTEM CLUBES A QUEM FOI PEDIDO O ENVIO DOS RECIBOS SEM ATÉ Á DATA SER ENVIADO O RESPECTIVO PAGAMENTO relativo aos valores conquistados na época anterior. Consta-me que é por "castigo" aos contestatários. Prefiro acreditar que é para fazer jogada financeira com o Relatório e Contas.