Parece que o medo dos blog's chegou a alguns clubes. Se calhar foi por contágio. A convivência, por vezes, tem esses efeitos.
Ontem, os clubes da ARDP foram convocados para uma reunião de súmula da actividade e previsão das actividades para o curto-prazo. Foi apresentado um calendário de actividades para discussão e apresentação de propostas.
Entre outros assuntos discutidos, ficou agendada a primeira regata do Troféu ARDP para o dia 09 de Outubro, que servirá para entrega dos prémios aos vencedores desta época. O local indicado será nas águas de Ribeira de Abade, na zona de influência do CNIDH, com distâncias ainda a definir, atendendo a que se está a trabalhar em regime de início de época.
A regata seguinte será organizada pelo SCP -"Regata de Abertura"- em data a confirmar, visto que as propostas apresentadas indicavam o mesmo fim-de-semana.
Este tema foi escalpelizado e largamente discutido atendendo a que a actual conjuntura não tem sido favorável. Entre outras provas, ficaram confirmadas a Regata de Natal, a Regata "Pirilampo Mágico", em Maio, e a do CFV, no mês de Junho
Desta reunião, o que ficou em destaque e que deverá ser motivo de reflexão foi o papel da ARDP e das suas competências perante o esforço da FPR em castrar e atrofiar a sua acção e a posição da FPR perante o o Remo, em especial o Remo Jovem.
Foi voz corrente que a FPR é CALOTEIRA, estando em dívida com praticamente todos os agentes presentes.
Alem de não pagar aos clubes (e falo pelo CDUP que não recebe à mais de dois -2- anos), tem sistematicamente cortado as verbas às Associações, privando-as de organizar regatas.
Coloca assim em risco o desenvolvimento do Remo de iniciação, pois os clubes não conseguem suportar o encargo e desvirtua o natural organograma formativo.
O calendário que a ARDP apresentou indicava as (poucas) provas que ainda tinha recursos para levar a efeito, a partir das quais não poderia assumir.
Portanto, perante uma FPR incumpridora e caloteira, chegou a vez dos clubes tomarem uma posição sobre o futuro e o papel da ARDP (e não só...).
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5 comentários:
De facto, os clubes têm que se pronunciar sobre o que querem. Se prescindem das AR's, ou se entendem que ainda têm algum papel da estrura do Remo Nacional.
E como são os clubes que decidem em AG da FPR, importa que, com seriedade, com verdadeiro sentido de responsabilidade e com os olhos postos no futuro digam o que querem.
Que fique, porém, claro, que independentemente dos anátemas e desconsiderações que a actual direcção da FPR lhes tenha lançado, ainda ocupam um lugar insubstituível na estrutura do Remo Nacional. Senão, como promover e difundir o remo a nível local pelas camadas jovens. Deverão e poderão ser os clubes? Não me parece. Cada clube tem, e bem, os seus projectos e os seus objectivos. E eles poderão, legitimamente, não passar por aí. E, para além disso, muitos clubes não têm as mínimas condições para desenvolver qualquer acção verdadeiramente difusora e promotora da modalidade. Tomaram, muitas vezes funcionar.
Há que fazer opções. Mas podem ter a certeza que as decisões ou as omissões de hoje serão a base do futuro da nossa modalidade.
Até pode ser que as associações, como afirmou o Senhor presidente da FPR, "só organizem regatas". Mas organizam. Esse é um facto.
E poderão fazê-lo ainda mais e melhor, se foram tratadas com dignidade e respeito.
Se não querem de facto que existam estas ou outras AR's, que o digam claramente e que exijam à FPR que ela as substitua no seu papel. É que não basta organizar campeonatos nacionais e tratar das selecções nacionais. E o resto da actividade? E o remo jovem? Fica com duas provas federativas por ano? Não passa das provas locais?
Nas outras modalidades, são as AR's que fazem este papel. E são financiadas para isso. E isso não é viver do Orçamento de Estado, como se diz pelas bandas de Stº Amaro. Ou então, teremos que dizer que também a FPR vive do oE, já que cerca de 98% do seu orçamento tem essa origem.
Sucede que noutras modalidades as taxas de inscrição revertem, pelo menos em parte, para AR's. Só isso.
É tempo de pensar.
Senhores dirigentes dos clubes, é vossa vez de agir. Cá estaremos para ver.
Álvaro Branco
Dirigente da Associação de Remo de Setúbal mas que escreve aqui em nome individual.
e verdade. hora de os clubes fazerem algo pelo remo. por exemplo, em paises como a inglaterra, grande potencia da modalidade, a federaçao nao tem qualquer finaciamento aos clubes como nos temos esses dinheiros dos pontos que so servem para todos reclamarem que sao devidos uns trocos. a unica forma de ter uma modalidade sustentavel e os clubes e associaçoes aprenderem a criar as suas proprias receitas como alias ja existem em portugal meia duzia de bons exemplos. no entanto ainda ha alguns a querer receber sem trabalhar mas isso certamente acabara. e hora de os dirigentes dos clubes agirem: o agir nao e escrever blogs a dizer mal mas sim começar a trabalhar para um remo sustentavel em vez de chorar trocos de subsidios como fazem as velhas na segurança social! maos a obra sem culpar os outros remo de portugal. olhem os bons exemplos que temos
Pois caro amigo. A questão é que quem prometeu (regulou) foi a Federação. E quem promete e não dá o que promete, fica a dever e não dá cavaco, tem um nome: CALOTEIRO!
Para além disso há outros credores da FPR, agentes da modalidade, tais como atletas, técnicos e árbitros a quem ela deve milhares de euros, alguns, há anos. Pode-se argumentar com o que se quiser, mas quem deve e não paga tem um nome: CALOTEIRO!
Também acho que se deve caminhar para modelos de financiamento dos clubes que não sejam os subsídios, da Federação, câmaras ou outras entidades quaisquer. De resto, o meu Clube deve ter sido dos primeiros a fazê-lo e a consegui-lo.
Porém, para que isso possa generalizar-se, a Federação tem que desenvolver políticas que proporcionem a difusão da modalidade por todo o país e nas suas várias vertentes. Para além disso há que promover a criação de infra-estruturas adequadas e atractivas. Esse é o seu papel. É o que a Lei lhe obriga. Por isso é financiada pelos nossos impostos.
Ora, o que tem feito, é concentrar geograficamente as actividades e patrocinar acções localizadas por critérios pouco claros, ao mesmo tempo que não perde uma oportunidade para dificultar as actividades de outros. Quanto às infra-estruturas insiste-se no Pocinho que fará tudo menos servir eficazmente o Remo. É um projecto político local e regional e nada tem a ver com desporto. Todas as outras federações têm os seus CAR’s em locais de fácil e rápido acesso e espalhados pelo país. E por uma razão muito simples: os seus frequentadores são na sua maior parte estudantes e, como tal, têm que estar próximos das escolas e universidades. A FPR insiste em pretende criar um CAR num local completamente periférico, com um clima do pior que há e com instalações degradantes, objecto de chacota internacional, para onde os atletas se recusam a deslocar-se por prejudicar as suas actividades escolares e/ou profissionais.
A ostracização e aniquilação das associações é um caso paradigmático. A Direcção da FPR quis até, por via dos Estatutos, substitui-las por "representantes regionais da FPR". Um retrocesso de 35 anos, às passadas Comissões Regionais de cariz corporativo! E para além do mais de intenções duvidosas, pois o objectivo era, claramente, acabar com a oposição de algumas “pouco amigas”. De resto, como fez com as associações de classe que não o apoiavam, como foi o caso APAR e da ANAR em contraposição da ANTREMO, cujos dirigentes são praticamente todos “funcionários” da FPR. E para que não haja dúvidas, a FPR tem casos em tribunal com aquelas duas associações ou com os seus dirigentes. Algo que só pode ser positivo para a modalidade! Não concorda?
Mas faz mais: desrespeita descaradamente regulamentos que ela próprias cria, quando exige o seu escrupuloso cumprimentos aos restantes agentes (veja as distâncias dos CN); dificulta sistematicamente a vida aos clubes, especialmente os que não são "amigos"; hostiliza os árbitros, confundindo as pessoas com as instituições; criou uma teia de interesses políticos que no imediato poderão dar alguns frutos mas que, a prazo, prejudicarão irremediavelmente a modalidade porque não se livrará tão cedo da fama. Tudo para montar e consolidar um poder pessoal do seu presidente. Mas fez mais. Este ainda mais reprovável. Manipulou e instrumentalizou o último processo eleitoral e prepara-se para o repetir. Segundo dizem, para garantir que os seus projectos prosseguiam porque vinham aí uns malfeitores que não o fariam! Já ouvi muitas justificações para usurpar o poder mas estas bate todas aos pontos. Só me recorda os argumentos do Estado Novo para nos manter sob uma ditadura durante 48 anos.
Tenho pena, mas isto só poderá acabar mal. E levará muito tempo até que se recupere.
(Parte 1) Pois caro amigo. A questão é que quem prometeu (regulou) foi a Federação. E quem promete e não dá o que promete, fica a dever e não dá cavaco, tem um nome: CALOTEIRO!
Para além disso há outros credores da FPR, agentes da modalidade, tais como atletas, técnicos e árbitros a quem ela deve milhares de euros, alguns, há anos. Pode-se argumentar com o que se quiser, mas quem deve e não paga tem um nome: CALOTEIRO!
Também acho que se deve caminhar para modelos de financiamento dos clubes que não sejam os subsídios, da Federação, câmaras ou outras entidades quaisquer. De resto, o meu Clube deve ter sido dos primeiros a fazê-lo e a consegui-lo.
Porém, para que isso possa generalizar-se, a Federação tem que desenvolver políticas que proporcionem a difusão da modalidade por todo o país e nas suas várias vertentes. Para além disso há que promover a criação de infra-estruturas adequadas e atractivas. Esse é o seu papel. É o que a Lei lhe obriga. Por isso é financiada pelos nossos impostos.
Ora, o que tem feito, é concentrar geograficamente as actividades e patrocinar acções localizadas por critérios pouco claros, ao mesmo tempo que não perde uma oportunidade para dificultar as actividades de outros. Quanto às infra-estruturas insiste-se no Pocinho que fará tudo menos servir eficazmente o Remo. É um projecto político local e regional e nada tem a ver com desporto. Todas as outras federações têm os seus CAR’s em locais de fácil e rápido acesso e espalhados pelo país. E por uma razão muito simples: os seus frequentadores são na sua maior parte estudantes e, como tal, têm que estar próximos das escolas e universidades. A FPR insiste em pretende criar um CAR num local completamente periférico, com um clima do pior que há e com instalações degradantes, objecto de chacota internacional, para onde os atletas se recusam a deslocar-se por prejudicar as suas actividades escolares e/ou profissionais. (Continua)
(Parte 2) A ostracização e aniquilação das associações é um caso paradigmático. A Direcção da FPR quis até, por via dos Estatutos, substitui-las por "representantes regionais da FPR". Um retrocesso de 35 anos, às passadas Comissões Regionais de cariz corporativo! E para além do mais de intenções duvidosas, pois o objectivo era, claramente, acabar com a oposição de algumas “pouco amigas”. De resto, como fez com as associações de classe que não o apoiavam, como foi o caso APAR e da ANAR em contraposição da ANTREMO, cujos dirigentes são praticamente todos “funcionários” da FPR. E para que não haja dúvidas, a FPR tem casos em tribunal com aquelas duas associações ou com os seus dirigentes. Algo que só pode ser positivo para a modalidade! Não concorda?
Mas faz mais: desrespeita descaradamente regulamentos que ela próprias cria, quando exige o seu escrupuloso cumprimentos aos restantes agentes (veja as distâncias dos CN); dificulta sistematicamente a vida aos clubes, especialmente os que não são "amigos"; hostiliza os árbitros, confundindo as pessoas com as instituições; criou uma teia de interesses políticos que no imediato poderão dar alguns frutos mas que, a prazo, prejudicarão irremediavelmente a modalidade porque não se livrará tão cedo da fama. Tudo para montar e consolidar um poder pessoal do seu presidente. Mas fez mais. Este ainda mais reprovável. Manipulou e instrumentalizou o último processo eleitoral e prepara-se para o repetir. Segundo dizem, para garantir que os seus projectos prosseguiam porque vinham aí uns malfeitores que não o fariam! Já ouvi muitas justificações para usurpar o poder mas estas bate todas aos pontos. Só me recorda os argumentos do Estado Novo para nos manter sob uma ditadura durante 48 anos.
Tenho pena, mas isto só poderá acabar mal. E levará muito tempo até que se recupere.
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