segunda-feira, agosto 16, 2010

Portugal em Singapura

O Remo nacional voltou à sua normalidade nas representações internacionais. Portugal ficou fora do apuramento para a semifinal A/B ao ficar na 3ª posição na prova de repescagem. Vai realizar agora a prova de apuramento para as finais C/D. Amanhã, 17-08 pelas 10:10 locais, POR irá medir forças com as selecções de AUT, JPN, SLO e SWE.
Na semi-final C/D apuram-se os 3 primeiros para a final C enquanto os restantes disputarão a final D. Deseja-se a melhor das felicidades e que nos traga boas notícias.

Os resultados da prova de hoje foram os seguintes:
1º LAT (3:58.15);
2º ESP (4:06.04);
3º POR (4:11.51);
4º SIN (4:12.77).
As duas primeiras tripulações apuraram-se para disputar as meias finais de apuramento para as finais A/B e duas ultimas as finais C/D.

5 comentários:

PR disse...

A anormalidade do remo em Portugal está nas suas representações nacionais (que consequentemente se revelam nas prestações internacionais), isto é enquanto tivermos equipas como o CDUP a ficar em 2º lugar no campenato nacional (4- Sen M) o remo portugues estará muito mal...e isso não é culpa das "representações internacionais" mas sim da falta de nivel do Remo nacional e da falta de capacidade dos clubes.....

A Patricia é uma miuda cheia de talento, claramente a melhor junior em Portugal, conseguiu estar nesta prova por mérito próprio e certamente se não se afectar por este tipo de "incentivos", pode num espaço curto de tempo tornar-se numa das melhores séniores...
pelo exposto acho lamentável que se comece um post "normalidade nas representações internacionais"...

Super disse...

Caro PR
Subscrevo na integra o comentário / crítica.
É lamentável o estado do nosso Remo e a culpa não é dos atletas. Eles são o reflexo das politicas e estratégias definidas por quem dirige. E aí todos temos culpas. Eu inclusivé. Mas luto e dou a cara contra este marasmo, contráriamentes a muitos que se escondem no anonimato.
Desejo à Patricia a melhor das sortes e que se supere e dê uma pedrada no charco. Estou a torcer por ela. Goste-se ou não, temos que ter capacidade de distinguir racionalmente os resultados do esforço e desempenho dos atletas. E acredito que eles dão o seu máximo.
Só como exemplo, ainda não vi o reconhecimento do excelente desempenho do Tomé Perdigão no Mundial de Juniores.

Super disse...

Só uma achega para quem não sabe:
O 4-SM do CDUP só tinha uma média de idades de 46 anos, com dois atletas de 49 a caminho dos 50. É o estado do nosso Remo.
Por isso é que fazem regulamentos "à medida", para tentar esconder estas "anormalidades"

Ferreira disse...

Concordo. O trabalho que a Patrícia tem vindo a desenvolver este ano e a força de vontade que ela tem para aguentar determinadas situações e ainda estar a lutar pelos seus objectivos tem sido indescritível.

Descrever isso como "normalidade" não será correcto. Aliás anormalidade é àquilo a que a Patrícia se sujeita e várias das situações que acontecem. Quem a acompanhou este ano consegue entender que não tem sido fácil e no entanto é das melhores ou talvez mesmo a melhor júnior em Portugal. Tendo atingido metas espectaculares durante toda a época.
É alguém de quem me orgulho e admiro por todo o esforço e dedicação.
E não lhe tem corrido pelo melhor mas Roma não se contruiu num dia.

Parabéns Patrícia pela tua dedicação seja qual for o teu resultado o pessoal está orgulhoso de ti

HG disse...

Gostava de assinalar uma pequena coisa e que ainda ninguém se lembrou de referir.
Quanto fui DTR pela ARBL, posição que incomodou muitos, inclusivé o senhor presidente da FPR, pois não encontrou em mim um capacho, aconteceu uma coisa engraçada.
Referi na altura que não vivia do ar e se não trabalhava não ganhava, dado a minha posição de não ser funcionário público, cujos estatutos permitem ocupar outros cargos e "manter uma remuneração", situação pela qual reivindiquei o que era devido e estava em atraso muito avançado, já com recibos emitidos.
O que a maioria das pessoas não sabe é que eu fiz a viagem Pocinho Coimbra durante um estágio várias vezes, para poder manter parte da minha remuneração no meu local de trabalho e não perder os atletas que entretanto estavam a estagiar.
Isto porque na altura, a "comissão instaladora",, ou "instalada", estava a fazer farinha para por a correr uma série de atletas da ARBL, mas a coisa correu-lhes mal, porque graças às regras apresentadas, também formam apresentados os atletas com base e pensando na mesma situação.
Eu avisei quem de direito sobre as falcatruas que se avizinhavam e se os actuais responsáveis se lembram, a Patrícia era uma das atletas que queriam por a correr.

Ou seja tinha sido mais um talento desaproveitado...basta ver os dados antropométricos da atleta, e o que eles pediam na altura.
A guerra d nº de atletas por associação em vez do valor da equipa era e foi uma vergonha e as amizades e cinismo presentes até tiravam o apetite, mas eu tenho um estomago enorme e irei sempre rir-me mesmo para aqueles que me julgavam ou julgam menos atento, distraído ou "pato". Adorei as penas que ficaram na boca da ARBL, quando as tramoias não poderam ser levadas a cabo e estou ainda agora a senti-las vendo a Patrícia, presente nos jogos, embora sem o apoio que merecia.
O resultado para mim é o que menos importa na participação da atleta, mas a experiência que ela transmitir a outras, a aprendizagem que se fizer dessa participação e dos acontecimentos até ao presente serão o maior retorno que ela e a sua participação poderão dar ao Remo português.

Novamente reitero a minha posição. Com todo o respeito, está na altura de colocarem o lugar à disposição, desde direcção da federação à equipa técnica e permitirem que quem gosta e queira fazer algo o faça.

Há uma frase que se costuma utilizar e que se aplica à classe instituida na fpr: “Muito cuidado com os elogios rápidos. Aqueles que, na primeira tarde, são capazes de ver qualidades que não tens, também rapidamente descobrem defeitos que nunca possuístes”.

Com os elementos da fpr actuais, tanto dá num sentido como noutro.

Mas também reitero que a culpa é dos dirigentes nacionais que não tiverem nem apresentam coragem para se unir e por a direcção a correr.

Para se ensinar os atletas a serem homens, têm de mostrar que também o são.

Abraço